terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Alunos apáticos, escolas idem.


ARTIGO

Alunos apáticos, escolas idem

De pouco serve se queixar do desinteresse dos estudantes sem compreender e enfrentar isso como um problema da escola e do professor

Nova-Escola

31/05/2010 17:17

Texto
Luis Carlos de Menezes
Foto: Marcos Rosa
Foto: Luis Carlos de Menezes

"É raro ver apatia em jovens que são continuamente mobilizados para a ação e expostos a desafios reais ao aprender"

Quando vemos os alunos indiferentes, precisamos compreender a situação e cuidar dela, pois a apatia em crianças e jovens não é natural e inviabiliza nosso trabalho, já que ninguém aprende se estiver desinteressado. Se for o caso de um único estudante de uma classe motivada, é provável que o professor ou o conselho de classe identifiquem, tratem ou encaminhem esse problema. No entanto, a situação mais comum, de muitos desinteressados, raramente é enfrentada, pois meros desabafos na sala de professores levam à conformação com o fato de que "eles são assim mesmo...".

Quem procurar saber se os desmotivados do 8º ano também o são fora da classe ou já eram no 4º ano provavelmente verá que a situação é diferente, como foi nos primeiros anos e, aliás, nem nos anos seguintes se houver um ambiente em que a cultura e o trabalho sejam valorizados. Portanto, "eles não são assim mesmo". Não se trata só de questões de personalidade ou da puberdade, mas de uma combinação de fatores. Há muitos alunos para quem o saber que a escola oferece parece supérfluo, pois eles convivem com quem já esqueceu tudo isso e não sente falta. E quando a Educação é tratada como "transmissão" de conhecimento, eles se frustram, pois esperam aulas-show que reproduzam o consumo passivo de certos entretenimentos.

Os mesmos jovens, em escolas que são espaços de trabalho e participação - onde as aulas servem para aprender os conteúdos e eles produzem jornais, mostras de ciência, campanhas sociais, espetáculos de teatro e música -, não se aborrecem nem se entediam. Ao contrário, aprendem a valorizar os conhecimentos e a desenvolver competências. Ou seja, não há a apatia nas escolas em que quem aprende é continuamente mobilizado para a ação e exposto a tarefas e desafios reais. Infelizmente, isso não é regra e é preciso propor alternativas.

A partir do 6º ano, é comum os professores não serem de uma só escola, terem centenas de alunos cujas características desconhecem e, simplificando sua dura rotina, repetirem aulas expositivas na sequência formal de livros e apostilas. Mesmo nessa condição, alguns conseguem despertar interesse em vários alunos, mas é compreensível que não sensibilizem outros, que acabam se tornando os estudantes "indiferentes".

O ideal seria garantir maior presença dos educadores, em convívio propiciado pelo seu pertencimento à escola. Se isso não for possível, um maior envolvimento deles no projeto pedagógico e a adoção de uma metodologia que privilegie a participação efetiva dos alunos pode ajudar. Custará um pouco mais, em horas-trabalho de docentes, mas surtirá um bom efeito naquela condição. Há outro problema que transcende a escola, mas que esta e seus professores também podem tratar: a distância entre os conteúdos do currículo e a cultura extraescolar de muitos alunos. A falta de bibliotecas e demais equipamentos culturais desestimula a leitura e dificulta o acesso dos jovens a produções artísticas e científicas. Isso equivale a reduzir seu universo de informação a pouco mais do que as horas diante de aparelhos de TV. Ainda que externa à escola, é uma condição de seus alunos e deve ser enfrentada.

Mas como fazer isso? Se não há museus de arte ou ciência nas imediações, fazem-se sessões coletivas com seus DVDs e visitas virtuais pela internet. Se não há sala de projeção nem internet, emprestam-se filmes para serem exibidos e depois discutidos. Se não há biblioteca e videoteca, denuncia-se isso e cria-se um programa de empréstimos. Planejam-se visitas a empresas e parlamentos locais e debatem-se as condições de saneamento e transporte na comunidade. E, para quem questionar se isso é função da escola, pergunte-se: então, de quem seria? E a quem se recusar a essa função, pergunte-se: então, de quem é a apatia?


Luis Carlos de Menezes (pensenisso@abril.com.br) é físico e educador da Universidade de São Paulo (USP).

COPIADO DO SITE: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/alunos-apaticos-escolas-idem-565276.shtml

Criança que respira pela boca...


SAÚDE

Criança que respira pela boca...

...corre o risco de acabar com déficit de atenção e hiperatividade, dificuldade de aprendizado e até problemas de crescimento

Foto: Wiki Commons
Foto: criança respirando pela boca

"A criança pode ter dificuldade de deglutição, mastigação errada, a arcada superior tende a se projetar para a frente e a inferior para trás"

Sete da manhã - o pequeno, que já deveria estar de pé, mal consegue sair da cama. Está sonolento, cansado demais para ir à escola. Os pais insistem, a criança se esforça e, na sala de aula, aparecem as sequelas da noite mal-dormida: ela fica apática ou irritada, sem prestar atenção em nada. Se o seu filho anda passando por isso, olho atento ao narizinho dele. Os médicos estão cada vez mais convencidos de que esse órgão essencial para a nossa respiração, se não utilizado adequadamente, pode estar por trás de um inesperado efeito dominó. "Quando as crianças respiram pela boca, o cérebro recebe pouco oxigênio, o que prejudica a capacidade de atenção e o rendimento escolar", afirma o otorrinolaringologista Manuel de Nóbrega, da Universidade Federal de São Paulo.

Essa relação é tão estreita que uma pesquisa inédita, realizada na Universidade de São Paulo, revela que a respiração bucal pode desencadear ou agravar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. A ortodontista Carolina Marins, autora do estudo, confirmou o elo após acompanhar meninos e meninas com o problema (veja o quadro na pág. 57). "Aqueles que voltaram a respirar pelo nariz apresentaram uma melhora impressionante no desempenho escolar e no quadro de TDAH", conta ela.

É bom que fique claro: nem toda criança que respira pela boca está fadada a ter déficit de atenção e hiperatividade. "Cada coisa é uma coisa, e apenas em alguns casos os dois problemas estão relacionados", alerta a fonoaudióloga Janete Barbosa, de Porto Alegre, que há 20 anos cuida de crianças com a síndrome da respiração bucal (SRB). Como os dois distúrbios comprometem o aprendizado infantil, muita gente se confunde. Daí, ela sugere um time de especialistas para fazer o diagnóstico correto.

O psicólogo ou o psiquiatra podem confirmar se é mesmo um caso de TDAH. Já o otorrinolaringologista, o odontopediatra e o fonoaudiólogo irão investigar o que está impedindo o pequeno de respirar pelo nariz. "Às vezes, pode ser um simples mau hábito, de quando a criança chupava o dedo ou tomava mamadeira", diz Janete.

As causas ainda podem ser orgânicas - desvio de septo e crescimento do tecido que reveste as cavidades nasais, conhecido como adenoide - ou funcionais, quando deflagradas por rinite, sinusite e alergias respiratórias. "Em todas essas situações, o ar não passa livremente pelas vias aéreas superiores e a criança compensa aspirando pela boca", diz Manuel de Nóbrega.

Agora, imagine a consequência de respirar de modo incorreto, dia após dia. "A criança pode ter dificuldade de deglutição, mastigação errada, a arcada superior tende a se projetar para a frente e a inferior para trás", explica Carolina. Não é de admirar que até a aparência dos pequenos muda com o tempo - os músculos da face ficam flácidos, o rosto alongado, o olhar caído e a boca entreaberta. Sem oxigênio suficiente, o crescimento também é afetado. "No final das contas, é imenso o prejuízo para a socialização e o desenvolvimento do pequeno", observa a psiquiatra Kátia Mathias, do Rio de Janeiro.

Mas calma, porque é possível reverter tudo isso - com a ajuda de vários profissionais, como já explicamos. "Cada um em seu campo vai avaliar como corrigir o problema e os efeitos da SRB", conta Carolina. A duração do tratamento depende do caso em questão, assim como a indicação de aparelhos ortodônticos, cirurgia e acompanhamento fonoaudiológico. Ah, é preciso lembrar que, depois disso tudo, a síndrome pode persistir mais um pouco. Aí, a culpa é do cérebro. "Ele leva algum tempo para se adaptar à mudança", entrega Janete. Mas, com paciência, o menino ou a menina logo voltará a usar o nariz para a nobre função de respirar.
Para ler, clique nos itens abaixo:
"Parece até outra menina"
Sabrina Strassacappa Rodrigues tinha um paladar peculiar para uma criança de 4 anos: comia sashimi, mas não gostava de carne. E não se tratava de uma questão de gosto. "Ela era uma respiradora bucal e, como a musculatura da mandíbula estava flácida, não conseguia mastigar nada duro", conta o pai, Milton, que é analista de sistemas. Sabrina roncava, dormia mal e vivia no médico por causa de infecções na garganta. Depois de operar a adenoide e tirar as amígdalas, tudo mudou. Além de caprichar no prato, está mais animada e sua postura melhorou. "Parece até outra menina", diz Milton. Hoje com 6 anos, a garota está há mais de um ano livre de infecções e antibióticos. Breve, dará adeus ao aparelho dentário e às visitas à fonoaudióloga.
De olho na boca
É com a ajuda dos lábios - e não das narinas - que o respirador bucal absorve o ar que vai para os pulmões.
Desvios aéreos
Veja como a síndrome da respiração bucal afeta os pulmões e o cérebro da criança1. Nariz obstruído
O oxigênio é impedido de passar pelo nariz, devido a um desvio de septo ou a uma rinite, e a criança é obrigada a respirar pela boca. Daí, uma parte do ar é deglutida. E só a outra segue para os pulmões, em quantidade insuficiente e cheia de impurezas. Afinal, não foi filtrada pelo nariz.
2. Nos pulmões
O ar que chega aos alvéolos pulmonares é frio, seco e sujo demais. Por isso, partículas diversas se depositam ali, abrindo caminho para problemas respiratórios. Separado do gás carbônico, o oxigênio entra na circulação sanguínea para abastecer o corpo.
3. No cérebro
Ao carregar menos oxigênio do que deveria, o sangue chega ao córtex frontal - a região da massa cinzenta responsável pela atenção e pela memória. O trabalho dos neurônios dessa área é afetado pela crise de abastecimento e a criança pode apresentar dificuldade de concentração e aprendizado.

COPIADO DO SITE: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/crianca-respira-pela-boca-565745.shtml

Criança que ouve direito...


AUDIÇÃO

Criança que ouve direito...

...Não sofre para se socializar e tem um melhor desempenho na escola. Detectar distúrbios de audição precocemente - de preferência, ainda na maternidade - é a chave para contornar a surdez e ajudar a meninada a se desenvolver numa boa

Saude

15/09/2010 17:27

Texto
Camila Carvas
Foto: Getty Images
Crianças brincando

Se o problema na audição é detectado precocemente, a criança tem mais recursos para lidar com o problema














A história começa com as ondas de som de uma palavra penetrando no ouvido da criança. Orelha adentro, elas se transformam em impulsos elétricos que trafegam velozmente, de neurônio em neurônio, até alcançar uma área do cérebro chamada córtex auditivo. Lá, tudo é decodificado e essa complexa viagem se traduz, finalmente, na voz carinhosa da mãe ou na explicação da professora. Mas, quando algo dá errado durante o trajeto, uma porta de contato com o mundo exterior se fecha. O pior de tudo é que, sem ouvir, o pequeno tampouco aprende a falar direito. Mesmo assim, a surdez pode passar anos despercebida - aí, o silêncio só costuma ser quebrado com um susto diante do rendimento escolar.

Uma pesquisa realizada pela fonoaudióloga Ana Cláudia Frizzo, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior do estado, avaliou 25 crianças, entre 8 e 14 anos, com dificuldades na escola e constatou que todas elas apresentavam alguma deficiência de audição. É mais uma prova da conexão entre a capacidade de ouvir bem, o desenvolvimento da linguagem e a performance na sala de aula. "A aquisição da leitura e da escrita é baseada na correspondência do som com a letra", justifica Ana Cláudia.

Não restam dúvidas de que a perda auditiva, ou surdez, atrapalha o aprendizado e a socialização dos pequenos. Eles podem vir ao mundo com o problema ou, então, adquiri-lo em alguma fase do seu crescimento. "Hoje, felizmente, há menos casos de bebês que nascem surdos porque a mãe teve, durante a gravidez, doenças que comprometem o sistema auditivo da criança, como rubéola e toxoplasmose", conta o otorrinolaringologista Lauro Alcântara, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Mas o sofrimento durante o parto e infecções contraídas na maternidade também podem provocar a deficiência.

Mais de 90% dos episódios de surdez na infância são consequência de uma lesão na cóclea, a estrutura que transforma o som em impulso elétrico. "Aí, além do tratamento com o fonoaudiólogo, são indicados aparelhos auditivos ou o implante coclear", diz Sirley Carvalho, professora de fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais. "Dessa forma, as vias auditivas da criança são estimuladas a se desenvolver e ela terá um aprendizado praticamente normal."

Até os 3 anos de idade, o sistema auditivo é maleável e carece de estímulos para amadurecer. Portanto, quanto mais cedo for detectado algo de errado nele, maior a chance de reverter as falhas e evitar os prejuízos. Os especialistas defendem que o ideal seria o diagnóstico ser feito até os 3 meses de idade e a intervenção terapêutica, até os 6. "Detectar logo o problema nos ajuda a estimular quanto antes o tronco auditivo e o córtex cerebral", diz Lauro Alcântara.

Nessa busca, um grande avanço é a triagem auditiva neonatal, que possibilita flagrar a deficiência no recém-nascido. O método acaba de ser instituído em todo o país por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula. Ele fará a diferença porque, no primeiro ano de vida, a observação do pediatra e dos pais é insuficiente (veja o quadro abaixo). E, quanto mais tempo a criança ficar sem ouvir, mais complicado será o tratamento.

Foi justamente para correr atrás do prejuízo que o pequeno paulista Theodoro Frisene Pimenta, de 2 anos, começou a usar um aparelho auditivo assim que sua surdez foi revelada. "Até os 6 meses nunca desconfiamos de nada", recorda a mãe, a professora Laura Frisene Pimenta, que suspeitou de algo estranho quando seu filho estava no oitavo mês. "Quando passávamos atrás dele e falávamos alguma coisa, ele não respondia", conta. O problema na cóclea foi identificado depois dos exames com o otorrino. Theo adotou, então, um aparelhinho e, há seis meses, recebeu o implante coclear - um dispositivo eletrônico instalado em uma cirurgia e que faz as vezes da estrutura do ouvido interno. "Como ele tem surdez severa, se não passasse por isso, também ficaria mudo", diz Laura.

Mesmo a surdez leve ou a moderada emperram, mais tarde, o desenvolvimento da meninada, que demora para falar e fica com o vocabulário reduzido. "Às vezes, porém, o ouvido em si é saudável, mas há um problema no cérebro que dificulta a interpretação dos sons", observa a fonoaudióloga Ana Cláudia. Nesse caso, não basta um aparelho ou um implante - é preciso fazer um treinamento auditivo para estabelecer associações entre as letras e os sons.

Na turma que vai mal na escola, no entanto, a perda auditiva é geralmente reparada com um aparelho acomodado na orelha. "As maiores causas de desatenção na sala de aula são distúrbios auditivos e visuais", afirma o otorrinolaringologista Pedro Albernaz, que, no final dos anos 1990, coordenou uma campanha nacional contra a surdez. "Fizemos exames de audiometria em alunos da primeira série do ensino fundamental da rede pública em cidades com mais de 50 mil habitantes e verificamos que entre 12 e 14% deles tinham dificuldades de audição", conta o médico, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A audiometria é, de fato, uma avaliação simples e crucial, que oferece a oportunidade de consertar o transtorno e permitir que a criança cresça com uma nova forma de ouvir o mundo. A mudança se reflete até no boletim.



Vale desconfiar de problema auditivo quando a criança...
...demora a falar...não reage bem a sons muito altos, como o barulho de uma porta batendo
...tem dificuldade para entender o que os outros falam
...não consegue se comunicar direito ao telefone
...aumenta frequentemente o volume do rádio e da televisão
...fala muito alto
...faz trocas ou comete muitos erros ao escrever
...tem problemas de compreensão
...é hiperativa
...é distraída e necessita que as ordens sejam repetidas





Os tipos de surdez
- Congênita genética: um defeito nos genes faz com que a criança nasça com um problema auditivo.
- Congênita adquirida: a mãe tem infecções como rubéola ou toxoplasmose durante a gravidez, que repercutem no desenvolvimento do aparelho auditivo do feto.
- Perinatal: um problema durante o parto causa a perda auditiva.
- De transmissão: uma otite, a inflamação do ouvido, ou corpos estranhos provocam uma surdez temporária e reversível.
- Pré-lingual: a deficiência aparece quando a criança ainda não sabe falar ou ler.
- Perilingual: o problema se manifesta após o pequeno aprender a falar, mas antes de começar a ler.
- Pós-lingual: a surdez dá as caras depois que se aprende a falar e a ler.

A descoberta do som
Acompanhe nossa linha do tempo e veja o que acontece ao longo da maturação do sistema auditivo da criança
De 0 a 3 meses
O bebê se assusta, chora ou acorda com barulhos intensos e acalma-se diante dos sons mais brandos e das vozes familiares.
De 3 a 6 meses
Mexe a cabeça para a direita e para a esquerda à procura de sons, faz contato visual, emite ruídos sem significado e reconhece o próprio nome.
9 meses
O pequeno localiza os sons de acordo com a sua origem - procura embaixo, pelos lados e começa a olhar também para cima. Além disso, entende palavras simples e aumenta o balbucio.
1 ano
A criança entende algumas ordens, como dar tchau e mandar beijos, e reconhece rapidamente de onde vêm os sons. Também pronuncia as primeiras palavras.
2 anos
Localiza os sons provenientes de todas as direções de forma rápida, compreende bem a linguagem, combina as palavras e usa a fala para se comunicar.

O teste da orelhinha
Realizado no recém-nascido, ainda no berçário, esse exame simples e rápido não requer anestesia nem exige que o bebê esteja dormindo. Em menos de cinco minutos, o médico examina os dois ouvidos da criança com um aparelho que emite sons puros. As ondas viajam até a cóclea, estrutura no ouvido interno, e retornam, fornecendo um gráfico da audição. O teste, usado na triagem auditiva neonatal, é importante. Afinal, nove entre dez casos de surdez na infância são ocasionados por um destrambelho na cóclea. Além dele, há outro exame, mais completo, conhecido pela sigla Peate, capaz de escanear todos os segmentos "do trajeto da audição - só que a criança precisa tomar um sonífero antes de se submeter a essa avaliação mais minuciosa.

COPIADO DO SITE: 
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/crianca-ouve-direito-596660.shtml