segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Perdas e prevenção da acuidade auditiva na escola.

A avaliação do pavilhão auricular feito em crianças na fase escolar é de suma importância, além de ser considerada uma ação básica de saúde do escolar. A detecção de problemas precocemente poderá evitar distúrbios de processamento auditivo (DPA).


O distúrbio de processamento auditivo(DPA) está intimamente relacionado com distúrbios de aprendizagem e déficits escolares, já que um processamento inadequado dos sons leva a uma alteração na percepção de fala, o que gera dificuldades no desenvolvimento da linguagem e consequentemente, a distúrbios de aprendizagem.

Os indivíduos com este distúrbio podem preservar dificuldades ortográficas, de leitura, escrita, dificuldade com determinados fonemas e também, na aprendizagem de uma língua estrangeira.


Nas grandes cidades estamos muitas vezes expostos a uma série de barulhos, algumas vezes muito prejudiciais ao nosso sistema auditivo. É conhecido que sons de intensidade superior a 85dB são já considerados de risco. Contudo, é também necessário avaliar os seus efeitos, tendo em conta o tempo de exposição. É que quando o ouvido é "agredido" com uma intensidade de pressão acústica elevada, ele necessita de tempo para recuperar. Se a "agressão" for contínua, o ouvido não repousa, pelo que existe o risco de perda de sensibilidade auditiva.


Discriminação Auditiva


A discriminação auditiva é passível de aprendizagem.
Esta capacidade de responder aos estímulos auditivos é o resultado de uma integração das experiências com a organização neurológica.

Os nossos receptores auditivos têm que ser capazes de mandar as estimulações sonoras para o cérebro que processará, selecionará e armazenará as informações na memória. Se estas informações forem distorcidas, o cérebro também processará informações distorcidas.

A discriminação auditiva está muito ligada à atividade motora, mais precisamente com a escrita e particularmente o ditado.

Uma perfeita discriminação auditiva pressupõe uma acuidade auditiva íntegra, mas uma acuidade íntegra não implica na perfeita discriminação auditiva.

Discriminação auditiva significa a capacidade de sintetizar os sons básicos da linguagem, a habilidade de perceber a diferença existente entre dois ou mais estímulos sonoros.

Acuidade auditiva seria a capacidade do indivíduo de captar e notar a diferença entre vários sons e entre intensidades diferentes. Capacidade de captar e diferenciar sons e a intensidade e a altura que lhes correspondem.

A leitura exige a associação do som percebido a uma grafia. É necessário que para isto eles tenham verdadeiramente uma boa discriminação auditiva, além de uma capacidade de simbolização, decodificação e memorização. Quando as crianças decodificam, estão dando um significado a muitos sons que ouviram.

A memória auditiva é também muito importante, pois favorece a retenção e recordação das palavras captadas auditivamente. Muitas crianças têm dificuldades de discriminação porque se esquecem do som que as letras representam.

As principais letras que são passíveis de serem confundidas pelo som pela criança que não tenha uma discriminação auditiva satisfatória. Trocas de:



F por V; B ou J (foi por voi, ou joi)
P por B (ponte por bonte)
CH por J, ou V (chapa por japa)
D por B, ou T (dado por bado ou tado)
T por D (tatu por dadu)
S por Z (sonho por zonho)
C por G (cartaz por gartaz)

Algumas vogais nasais (exemplo: na, en, in, on, un) também são confundidas pelas orais correspondentes (a, e, i, o, u); exemplos: então (etão); inverno (iverno).




1. Perdas auditivas:

Geralmente associamos perdas auditivas a pessoas com idade avançada. No entanto, apesar do factor idade ser importante, existem muitas outras causas para além do próprio processo natural de envelhecimento, tais como factores hereditários e/ou patológicos, ou perdas devidas à exposição prolongada a níveis de intensidades sonoras acima das recomendadas. As perdas devidas ao processo de envelhecimento natural costumam designar-se por presbicusia e resultam da morte gradual de células ciliadas ao longo da vida. Normalmente classificam-se as perdas auditivas nas duas seguintes categorias:

Perdas condutivas: causadas por uma diminuição da transmissão de energia sonora entre o ouvido externo e o ouvido interno. Este tipo de perdas pode ser provocado por defeitos ou bloqueios na estrutura anatómica do ouvido, por excesso ou falta de pressão no ouvido médio ou por articulações duras ou deslocadas nos ossículos que os impedem de vibrar livremente. Muitas vezes, este tipo de perdas pode ser revertido recorrendo a intervenções cirúrgicas, medicação ou aparelhos auditivos;

Perdas sensoriais: causadas pela deterioração das células ciliadas internas, na cóclea, e/ou no nervo auditivo, o que impede a condução de impulsos nervosos do ouvido interno até ao cérebro. Este tipo de perda auditiva pode ser consequência de síndromes genéticas ou de comportamentos incorrectos durante a gravidez, tais como o consumo de álcool ou drogas. Pode também, muitas vezes, ser corrigido utilizando aparelhos auditivos. Perdas sensoriais revelam-se também como resultado de exposições prolongadas a níveis de intensidade sonora elevada (trauma acústico), níveis esses que geralmente podem e devem ser evitados! O termo trauma acústico é também utilizado para referir exposições curtas mas de intensidade muito violenta para o ouvido, tendo também como consequência perdas sensoriais. Algumas infecções graves como o sarampo, a parotidite, a meningite e a coqueluche podem também causar este tipo de perdas!

As perdas auditivas podem também ser classificadas pelo seu grau de gravidade em perdas mínimas, suaves, moderadas, severas e profundas. O grau de severidade é determinado pelo nível de intensidade sonora que alguém pode ouvir sem a ajuda de uma aparelho auditivo.



Perdas mínimas: estas pessoas têm poucas dificuldades em ouvir pois a mais baixa intensidade que percebem é da ordem dos 11dB. Uma pessoa normal consegue ouvir intensidade sonoras a partir dos 0dB;

Perdas suaves: pessoas com perdas suaves conseguem ouvir intensidades sonoras de 20 a 40 dB ou mais elevadas. Estas pessoas têm dificuldades em perceber voz distante;

Perdas moderadas: pessoas com este tipo de perdas conseguem ouvir sons a partir de 45dB. Isto significa que é difícil para estas pessoas ouvir alguém a falar e entender conversas em grupo;

Perdas severas: quem sofre de perdas severas consegue apenas ouvir sons de intensidade superior a 65 dB. Estas pessoas conseguem apenas ouvir alguém a falar alto a distâncias muito pequenas, para além de perceberem sons de intensidade elevada no ambiente que as envolve;

Perdas profundas:as intensidade de som que alguém que sofre deste tipo de perdas ouve são sempre superiores a 90 dB. O termo surdo aplica-se normalmente a pessoas que sofrem perdas deste grau ou pessoas que não ouvem absolutamente nada!

FONTE DE PESQUISA: http://www.musicaeadoracao.com.br/audicao/perdas_preservacao.htm
http://www.fontedosaber.com/psicologia/areas-da-psicomotricidade_3.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário