terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Alunos apáticos, escolas idem.


ARTIGO

Alunos apáticos, escolas idem

De pouco serve se queixar do desinteresse dos estudantes sem compreender e enfrentar isso como um problema da escola e do professor

Nova-Escola

31/05/2010 17:17

Texto
Luis Carlos de Menezes
Foto: Marcos Rosa
Foto: Luis Carlos de Menezes

"É raro ver apatia em jovens que são continuamente mobilizados para a ação e expostos a desafios reais ao aprender"

Quando vemos os alunos indiferentes, precisamos compreender a situação e cuidar dela, pois a apatia em crianças e jovens não é natural e inviabiliza nosso trabalho, já que ninguém aprende se estiver desinteressado. Se for o caso de um único estudante de uma classe motivada, é provável que o professor ou o conselho de classe identifiquem, tratem ou encaminhem esse problema. No entanto, a situação mais comum, de muitos desinteressados, raramente é enfrentada, pois meros desabafos na sala de professores levam à conformação com o fato de que "eles são assim mesmo...".

Quem procurar saber se os desmotivados do 8º ano também o são fora da classe ou já eram no 4º ano provavelmente verá que a situação é diferente, como foi nos primeiros anos e, aliás, nem nos anos seguintes se houver um ambiente em que a cultura e o trabalho sejam valorizados. Portanto, "eles não são assim mesmo". Não se trata só de questões de personalidade ou da puberdade, mas de uma combinação de fatores. Há muitos alunos para quem o saber que a escola oferece parece supérfluo, pois eles convivem com quem já esqueceu tudo isso e não sente falta. E quando a Educação é tratada como "transmissão" de conhecimento, eles se frustram, pois esperam aulas-show que reproduzam o consumo passivo de certos entretenimentos.

Os mesmos jovens, em escolas que são espaços de trabalho e participação - onde as aulas servem para aprender os conteúdos e eles produzem jornais, mostras de ciência, campanhas sociais, espetáculos de teatro e música -, não se aborrecem nem se entediam. Ao contrário, aprendem a valorizar os conhecimentos e a desenvolver competências. Ou seja, não há a apatia nas escolas em que quem aprende é continuamente mobilizado para a ação e exposto a tarefas e desafios reais. Infelizmente, isso não é regra e é preciso propor alternativas.

A partir do 6º ano, é comum os professores não serem de uma só escola, terem centenas de alunos cujas características desconhecem e, simplificando sua dura rotina, repetirem aulas expositivas na sequência formal de livros e apostilas. Mesmo nessa condição, alguns conseguem despertar interesse em vários alunos, mas é compreensível que não sensibilizem outros, que acabam se tornando os estudantes "indiferentes".

O ideal seria garantir maior presença dos educadores, em convívio propiciado pelo seu pertencimento à escola. Se isso não for possível, um maior envolvimento deles no projeto pedagógico e a adoção de uma metodologia que privilegie a participação efetiva dos alunos pode ajudar. Custará um pouco mais, em horas-trabalho de docentes, mas surtirá um bom efeito naquela condição. Há outro problema que transcende a escola, mas que esta e seus professores também podem tratar: a distância entre os conteúdos do currículo e a cultura extraescolar de muitos alunos. A falta de bibliotecas e demais equipamentos culturais desestimula a leitura e dificulta o acesso dos jovens a produções artísticas e científicas. Isso equivale a reduzir seu universo de informação a pouco mais do que as horas diante de aparelhos de TV. Ainda que externa à escola, é uma condição de seus alunos e deve ser enfrentada.

Mas como fazer isso? Se não há museus de arte ou ciência nas imediações, fazem-se sessões coletivas com seus DVDs e visitas virtuais pela internet. Se não há sala de projeção nem internet, emprestam-se filmes para serem exibidos e depois discutidos. Se não há biblioteca e videoteca, denuncia-se isso e cria-se um programa de empréstimos. Planejam-se visitas a empresas e parlamentos locais e debatem-se as condições de saneamento e transporte na comunidade. E, para quem questionar se isso é função da escola, pergunte-se: então, de quem seria? E a quem se recusar a essa função, pergunte-se: então, de quem é a apatia?


Luis Carlos de Menezes (pensenisso@abril.com.br) é físico e educador da Universidade de São Paulo (USP).

COPIADO DO SITE: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/alunos-apaticos-escolas-idem-565276.shtml

Criança que respira pela boca...


SAÚDE

Criança que respira pela boca...

...corre o risco de acabar com déficit de atenção e hiperatividade, dificuldade de aprendizado e até problemas de crescimento

Foto: Wiki Commons
Foto: criança respirando pela boca

"A criança pode ter dificuldade de deglutição, mastigação errada, a arcada superior tende a se projetar para a frente e a inferior para trás"

Sete da manhã - o pequeno, que já deveria estar de pé, mal consegue sair da cama. Está sonolento, cansado demais para ir à escola. Os pais insistem, a criança se esforça e, na sala de aula, aparecem as sequelas da noite mal-dormida: ela fica apática ou irritada, sem prestar atenção em nada. Se o seu filho anda passando por isso, olho atento ao narizinho dele. Os médicos estão cada vez mais convencidos de que esse órgão essencial para a nossa respiração, se não utilizado adequadamente, pode estar por trás de um inesperado efeito dominó. "Quando as crianças respiram pela boca, o cérebro recebe pouco oxigênio, o que prejudica a capacidade de atenção e o rendimento escolar", afirma o otorrinolaringologista Manuel de Nóbrega, da Universidade Federal de São Paulo.

Essa relação é tão estreita que uma pesquisa inédita, realizada na Universidade de São Paulo, revela que a respiração bucal pode desencadear ou agravar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças. A ortodontista Carolina Marins, autora do estudo, confirmou o elo após acompanhar meninos e meninas com o problema (veja o quadro na pág. 57). "Aqueles que voltaram a respirar pelo nariz apresentaram uma melhora impressionante no desempenho escolar e no quadro de TDAH", conta ela.

É bom que fique claro: nem toda criança que respira pela boca está fadada a ter déficit de atenção e hiperatividade. "Cada coisa é uma coisa, e apenas em alguns casos os dois problemas estão relacionados", alerta a fonoaudióloga Janete Barbosa, de Porto Alegre, que há 20 anos cuida de crianças com a síndrome da respiração bucal (SRB). Como os dois distúrbios comprometem o aprendizado infantil, muita gente se confunde. Daí, ela sugere um time de especialistas para fazer o diagnóstico correto.

O psicólogo ou o psiquiatra podem confirmar se é mesmo um caso de TDAH. Já o otorrinolaringologista, o odontopediatra e o fonoaudiólogo irão investigar o que está impedindo o pequeno de respirar pelo nariz. "Às vezes, pode ser um simples mau hábito, de quando a criança chupava o dedo ou tomava mamadeira", diz Janete.

As causas ainda podem ser orgânicas - desvio de septo e crescimento do tecido que reveste as cavidades nasais, conhecido como adenoide - ou funcionais, quando deflagradas por rinite, sinusite e alergias respiratórias. "Em todas essas situações, o ar não passa livremente pelas vias aéreas superiores e a criança compensa aspirando pela boca", diz Manuel de Nóbrega.

Agora, imagine a consequência de respirar de modo incorreto, dia após dia. "A criança pode ter dificuldade de deglutição, mastigação errada, a arcada superior tende a se projetar para a frente e a inferior para trás", explica Carolina. Não é de admirar que até a aparência dos pequenos muda com o tempo - os músculos da face ficam flácidos, o rosto alongado, o olhar caído e a boca entreaberta. Sem oxigênio suficiente, o crescimento também é afetado. "No final das contas, é imenso o prejuízo para a socialização e o desenvolvimento do pequeno", observa a psiquiatra Kátia Mathias, do Rio de Janeiro.

Mas calma, porque é possível reverter tudo isso - com a ajuda de vários profissionais, como já explicamos. "Cada um em seu campo vai avaliar como corrigir o problema e os efeitos da SRB", conta Carolina. A duração do tratamento depende do caso em questão, assim como a indicação de aparelhos ortodônticos, cirurgia e acompanhamento fonoaudiológico. Ah, é preciso lembrar que, depois disso tudo, a síndrome pode persistir mais um pouco. Aí, a culpa é do cérebro. "Ele leva algum tempo para se adaptar à mudança", entrega Janete. Mas, com paciência, o menino ou a menina logo voltará a usar o nariz para a nobre função de respirar.
Para ler, clique nos itens abaixo:
"Parece até outra menina"
Sabrina Strassacappa Rodrigues tinha um paladar peculiar para uma criança de 4 anos: comia sashimi, mas não gostava de carne. E não se tratava de uma questão de gosto. "Ela era uma respiradora bucal e, como a musculatura da mandíbula estava flácida, não conseguia mastigar nada duro", conta o pai, Milton, que é analista de sistemas. Sabrina roncava, dormia mal e vivia no médico por causa de infecções na garganta. Depois de operar a adenoide e tirar as amígdalas, tudo mudou. Além de caprichar no prato, está mais animada e sua postura melhorou. "Parece até outra menina", diz Milton. Hoje com 6 anos, a garota está há mais de um ano livre de infecções e antibióticos. Breve, dará adeus ao aparelho dentário e às visitas à fonoaudióloga.
De olho na boca
É com a ajuda dos lábios - e não das narinas - que o respirador bucal absorve o ar que vai para os pulmões.
Desvios aéreos
Veja como a síndrome da respiração bucal afeta os pulmões e o cérebro da criança1. Nariz obstruído
O oxigênio é impedido de passar pelo nariz, devido a um desvio de septo ou a uma rinite, e a criança é obrigada a respirar pela boca. Daí, uma parte do ar é deglutida. E só a outra segue para os pulmões, em quantidade insuficiente e cheia de impurezas. Afinal, não foi filtrada pelo nariz.
2. Nos pulmões
O ar que chega aos alvéolos pulmonares é frio, seco e sujo demais. Por isso, partículas diversas se depositam ali, abrindo caminho para problemas respiratórios. Separado do gás carbônico, o oxigênio entra na circulação sanguínea para abastecer o corpo.
3. No cérebro
Ao carregar menos oxigênio do que deveria, o sangue chega ao córtex frontal - a região da massa cinzenta responsável pela atenção e pela memória. O trabalho dos neurônios dessa área é afetado pela crise de abastecimento e a criança pode apresentar dificuldade de concentração e aprendizado.

COPIADO DO SITE: http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/crianca-respira-pela-boca-565745.shtml

Criança que ouve direito...


AUDIÇÃO

Criança que ouve direito...

...Não sofre para se socializar e tem um melhor desempenho na escola. Detectar distúrbios de audição precocemente - de preferência, ainda na maternidade - é a chave para contornar a surdez e ajudar a meninada a se desenvolver numa boa

Saude

15/09/2010 17:27

Texto
Camila Carvas
Foto: Getty Images
Crianças brincando

Se o problema na audição é detectado precocemente, a criança tem mais recursos para lidar com o problema














A história começa com as ondas de som de uma palavra penetrando no ouvido da criança. Orelha adentro, elas se transformam em impulsos elétricos que trafegam velozmente, de neurônio em neurônio, até alcançar uma área do cérebro chamada córtex auditivo. Lá, tudo é decodificado e essa complexa viagem se traduz, finalmente, na voz carinhosa da mãe ou na explicação da professora. Mas, quando algo dá errado durante o trajeto, uma porta de contato com o mundo exterior se fecha. O pior de tudo é que, sem ouvir, o pequeno tampouco aprende a falar direito. Mesmo assim, a surdez pode passar anos despercebida - aí, o silêncio só costuma ser quebrado com um susto diante do rendimento escolar.

Uma pesquisa realizada pela fonoaudióloga Ana Cláudia Frizzo, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior do estado, avaliou 25 crianças, entre 8 e 14 anos, com dificuldades na escola e constatou que todas elas apresentavam alguma deficiência de audição. É mais uma prova da conexão entre a capacidade de ouvir bem, o desenvolvimento da linguagem e a performance na sala de aula. "A aquisição da leitura e da escrita é baseada na correspondência do som com a letra", justifica Ana Cláudia.

Não restam dúvidas de que a perda auditiva, ou surdez, atrapalha o aprendizado e a socialização dos pequenos. Eles podem vir ao mundo com o problema ou, então, adquiri-lo em alguma fase do seu crescimento. "Hoje, felizmente, há menos casos de bebês que nascem surdos porque a mãe teve, durante a gravidez, doenças que comprometem o sistema auditivo da criança, como rubéola e toxoplasmose", conta o otorrinolaringologista Lauro Alcântara, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Mas o sofrimento durante o parto e infecções contraídas na maternidade também podem provocar a deficiência.

Mais de 90% dos episódios de surdez na infância são consequência de uma lesão na cóclea, a estrutura que transforma o som em impulso elétrico. "Aí, além do tratamento com o fonoaudiólogo, são indicados aparelhos auditivos ou o implante coclear", diz Sirley Carvalho, professora de fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais. "Dessa forma, as vias auditivas da criança são estimuladas a se desenvolver e ela terá um aprendizado praticamente normal."

Até os 3 anos de idade, o sistema auditivo é maleável e carece de estímulos para amadurecer. Portanto, quanto mais cedo for detectado algo de errado nele, maior a chance de reverter as falhas e evitar os prejuízos. Os especialistas defendem que o ideal seria o diagnóstico ser feito até os 3 meses de idade e a intervenção terapêutica, até os 6. "Detectar logo o problema nos ajuda a estimular quanto antes o tronco auditivo e o córtex cerebral", diz Lauro Alcântara.

Nessa busca, um grande avanço é a triagem auditiva neonatal, que possibilita flagrar a deficiência no recém-nascido. O método acaba de ser instituído em todo o país por uma lei federal sancionada pelo presidente Lula. Ele fará a diferença porque, no primeiro ano de vida, a observação do pediatra e dos pais é insuficiente (veja o quadro abaixo). E, quanto mais tempo a criança ficar sem ouvir, mais complicado será o tratamento.

Foi justamente para correr atrás do prejuízo que o pequeno paulista Theodoro Frisene Pimenta, de 2 anos, começou a usar um aparelho auditivo assim que sua surdez foi revelada. "Até os 6 meses nunca desconfiamos de nada", recorda a mãe, a professora Laura Frisene Pimenta, que suspeitou de algo estranho quando seu filho estava no oitavo mês. "Quando passávamos atrás dele e falávamos alguma coisa, ele não respondia", conta. O problema na cóclea foi identificado depois dos exames com o otorrino. Theo adotou, então, um aparelhinho e, há seis meses, recebeu o implante coclear - um dispositivo eletrônico instalado em uma cirurgia e que faz as vezes da estrutura do ouvido interno. "Como ele tem surdez severa, se não passasse por isso, também ficaria mudo", diz Laura.

Mesmo a surdez leve ou a moderada emperram, mais tarde, o desenvolvimento da meninada, que demora para falar e fica com o vocabulário reduzido. "Às vezes, porém, o ouvido em si é saudável, mas há um problema no cérebro que dificulta a interpretação dos sons", observa a fonoaudióloga Ana Cláudia. Nesse caso, não basta um aparelho ou um implante - é preciso fazer um treinamento auditivo para estabelecer associações entre as letras e os sons.

Na turma que vai mal na escola, no entanto, a perda auditiva é geralmente reparada com um aparelho acomodado na orelha. "As maiores causas de desatenção na sala de aula são distúrbios auditivos e visuais", afirma o otorrinolaringologista Pedro Albernaz, que, no final dos anos 1990, coordenou uma campanha nacional contra a surdez. "Fizemos exames de audiometria em alunos da primeira série do ensino fundamental da rede pública em cidades com mais de 50 mil habitantes e verificamos que entre 12 e 14% deles tinham dificuldades de audição", conta o médico, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A audiometria é, de fato, uma avaliação simples e crucial, que oferece a oportunidade de consertar o transtorno e permitir que a criança cresça com uma nova forma de ouvir o mundo. A mudança se reflete até no boletim.



Vale desconfiar de problema auditivo quando a criança...
...demora a falar...não reage bem a sons muito altos, como o barulho de uma porta batendo
...tem dificuldade para entender o que os outros falam
...não consegue se comunicar direito ao telefone
...aumenta frequentemente o volume do rádio e da televisão
...fala muito alto
...faz trocas ou comete muitos erros ao escrever
...tem problemas de compreensão
...é hiperativa
...é distraída e necessita que as ordens sejam repetidas





Os tipos de surdez
- Congênita genética: um defeito nos genes faz com que a criança nasça com um problema auditivo.
- Congênita adquirida: a mãe tem infecções como rubéola ou toxoplasmose durante a gravidez, que repercutem no desenvolvimento do aparelho auditivo do feto.
- Perinatal: um problema durante o parto causa a perda auditiva.
- De transmissão: uma otite, a inflamação do ouvido, ou corpos estranhos provocam uma surdez temporária e reversível.
- Pré-lingual: a deficiência aparece quando a criança ainda não sabe falar ou ler.
- Perilingual: o problema se manifesta após o pequeno aprender a falar, mas antes de começar a ler.
- Pós-lingual: a surdez dá as caras depois que se aprende a falar e a ler.

A descoberta do som
Acompanhe nossa linha do tempo e veja o que acontece ao longo da maturação do sistema auditivo da criança
De 0 a 3 meses
O bebê se assusta, chora ou acorda com barulhos intensos e acalma-se diante dos sons mais brandos e das vozes familiares.
De 3 a 6 meses
Mexe a cabeça para a direita e para a esquerda à procura de sons, faz contato visual, emite ruídos sem significado e reconhece o próprio nome.
9 meses
O pequeno localiza os sons de acordo com a sua origem - procura embaixo, pelos lados e começa a olhar também para cima. Além disso, entende palavras simples e aumenta o balbucio.
1 ano
A criança entende algumas ordens, como dar tchau e mandar beijos, e reconhece rapidamente de onde vêm os sons. Também pronuncia as primeiras palavras.
2 anos
Localiza os sons provenientes de todas as direções de forma rápida, compreende bem a linguagem, combina as palavras e usa a fala para se comunicar.

O teste da orelhinha
Realizado no recém-nascido, ainda no berçário, esse exame simples e rápido não requer anestesia nem exige que o bebê esteja dormindo. Em menos de cinco minutos, o médico examina os dois ouvidos da criança com um aparelho que emite sons puros. As ondas viajam até a cóclea, estrutura no ouvido interno, e retornam, fornecendo um gráfico da audição. O teste, usado na triagem auditiva neonatal, é importante. Afinal, nove entre dez casos de surdez na infância são ocasionados por um destrambelho na cóclea. Além dele, há outro exame, mais completo, conhecido pela sigla Peate, capaz de escanear todos os segmentos "do trajeto da audição - só que a criança precisa tomar um sonífero antes de se submeter a essa avaliação mais minuciosa.

COPIADO DO SITE: 
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/crianca-ouve-direito-596660.shtml


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sorobã ou ábaco: instrumento milenar de sabedoria Matemática.


Abaco-com-designer-escuro
O ábaco foi inventado pelos romanos. E é justamente das pedrinhas que os formam que vem palavras como contas, contar, cálculo e calcular. Muitos anos depois, em 1541, os portugueses aportaram no Japão e levaram consigo os jesuítas com seus ábacos que foram muito bem recebidos por lá. Enquanto isso, no ocidente, a adoção dos algarismos arábicos quase levaram esses instrumentos ao esquecimento.
Imaginem ainda que quando Jesus nasceu em Belém estava sendo feito um censo e deveriam existir formas dos romanos fazerem contas que não haveriam de ser com algarismos romanos. Nesse período eles já usavam ábacos, pois sempre foram muito organizados, inclusive, na cobrança de impostos e nas transações comerciais.
Com o advento dos algarismos arábicos, especialmente com a noção do zero, puderam-se fazer contas na ponta do lápis, ou a bico de pena, se o leitor preferir. É que, com os algarismos romanos, colocar parcelas, umas sobre as outras, não significava nada, pois os números não tinham a correspondência espacial que a noção do zero nos trouxe.
As frações decimais também não existiam, tanto que os países de língua inglesa ainda usam as ordinais para quase todas as medições, especialmente as feitas em polegadas e demais medidas imperiais. Os latinos que tiveram muito mais influência árabe, seja pela invasão da Península Ibérica, seja pelo compartilhamento de ilhas do Mediterrâneo, adotaram os seus meios de contar com grande entusiasmo, esquecendo-se rapidamente dos antigos métodos.
No Japão, porém, não havendo os mesmos recursos gráficos para registro de números, o ábaco floresceu e expandiu seu uso, muito embora a máquina de calcular de Ghaus tenha-se baseado nele. Em 1601, os europeus foram expulsos do Japão pelo Xogum Tokugawa. Houve uma matança de cristãos e somente a ilha de Fukuoka pôde continuar a receber estrangeiros, de modo que a escrita romana não se espalhou pelo restante do país, mas o ábaco sim, pois resolvia um problema sério.
Desenho-de-homem-feliz
Há controvérsias quanto à origem do ábaco – alguns dizem que veio do oriente para o ocidente (da China para a Europa) e outros afirmam que o caminho foi o inverso, com o ábaco saindo de Roma para o Oriente a partir do domínio imperial romano sobre a Ásia Menor.
Há alguns historiadores que contam outra história, afirmando que o ábaco é chinês e que fora trazido pelas expedições de Marco Pólo. Essa versão, porém, não explica como os romanos conseguiam fazer contas complexas com os algarismos com que contavam.
O uso de algarismos arábicos deixou o ato de contar extremamente visual, inclusive as "escadinhas" que se fazem nas operações de multiplicação e divisão, dificultando o entendimento por crianças cegas de nascença. O uso do cubaritmo é a transposição do método visual para o tátil sem a correspondência no imaginário do aluno, tornando o ato enfadonho, lento e absolutamente antinatural. O sorobã adaptado, ao contrário, aumenta a capacidade de abstração da criança, a ponto de, sem o ter nas mãos, simplesmente imaginando as bolinhas subindo e descendo, poderem fazer quaisquer contas mentalmente.
Duas são as condições para isso acontecer. A primeira é que a adaptação seja bem feita, o que é raríssimo ultimamente. A segunda é que a técnica ensinada seja a correta, o que também não é comum aqui no Brasil, especialmente porque os professores costumam aprender em instituições que desconhecem ou não se atém ao assunto. Esses profissionais, por não saberem usar o aparelho, induzem as crianças a calcular mentalmente, da direita para a esquerda como nos cálculos escritos, registrando os resultados no aparelho, ao invés de mostrar-lhes o algoritmo correto, que explicarei mais adiante.
Para poder explicar como se faz uma adaptação correta, é preciso que se entenda seu funcionamento. Trata-se de uma moldura com, em geral, vinte e uma barras verticais que servem de eixo para as contas. A dois terços da altura, há uma barra horizontal. Acima dela, há uma conta em cada eixo que, se baixadas até tocar a barra valem 5 e se tocando a parte superior da moldura nada valem. Na parte de baixo, em cada eixo, há quatro contas. As que forem empurradas para cima valem 1 cada, de sorte que se todas as de baixo forem levantadas e a de cima for baixada, temos o valor de 9. Aqui entra um conceito muito interessante, o valor binário. Se empurrada, a conta está ativa, se em repouso, não vale nada, exatamente como se faz nos computadores.
Eu tive um ábaco importado do Japão que era realmente bem adaptado. Durou vinte anos e, quando se desgastou, nunca mais encontrei um que prestasse. Ele era forrado com uma espuma de borracha siliconada que, a um só tempo, pressionava as contas contra as barras, impedindo que se desmanchassem os resultados pelo tatear, e dava agilidade igual à dos ábacos para quem enxerga.
Crianca-com-abaco-em-maos
O ábaco pode ser um ótimo recurso pedagógico para a aprendizagem da matemática.
Os adaptados aqui nunca funcionaram bem porque, ao invés de uma espuma, põe-se uma manta de borracha. Ela deixa o ábaco duro demais quando novo, a ponto de não se conseguir mover rapidamente as contas, e, quando a manta fica mais gasta, por não possuir efeito de mola, deixa de fazer pressão sobre as bolinhas, tornando-as tão soltas quanto as que se encontram nos ábacos sem adaptação. Na verdade, adotando-se a idéia de desenho universal, todos os ábacos deveriam ter forração de espuma de borracha, pois ela não atrapalha quem enxerga e queira usar um ábaco.
Este artigo não pretende esgotar o algoritmo, mas dar uma idéia do quanto o ábaco é melhor para ensinar contas a crianças cegas, assim, vou somente dar uma idéia de como se fazem as operações de somar e subtrair, deixando as demais para quem tiver interesse. Para somar parte-se, assim como nas antigas máquinas, de uma parcela e vão-se escrevendo as demais por cima das anteriores, sempre da esquerda para a direita, usando um algoritmo simplíssimo, que vale para sempre que não houver espaço para empurrarem-se as bolinhas equivalentes à parcela entrante.
Em outras palavras, se tivermos o número 8 escrito, teremos deixado a bolinha de cima, que vale 5 e levantado três das debaixo, restando apenas uma bolinha no mesmo eixo. Para adicionar - digamos 3, levantamos uma das do eixo à esquerda e baixamos sete das da direita, resultando 11, sendo uma no eixo a esquerda e uma no da direita. Se quisermos somar 7 em 8, por exemplo, levantamos 10 e baixamos 3, pois 7=10-3, o que é intuitivo, tanto que aprendi a usá-lo sozinho, brincando em casa com o do meu irmão mais novo.
Uma vez, já na faculdade, dona Isa, minha professora itinerante, que era japonesa de nascença, viu-me usando o sorobã numa prova de contabilidade e disse que eu era o primeiro "gaijin" que sabia usar corretamente o aparelho. Faço qualquer operação nele, incluindo todas as de matemática financeira.
Mesmo hoje, que empregamos tanto o computador e que até os celulares têm calculadoras embutidas, continuo usando-o para calcular mentalmente. Não sei por que ainda insistem com o cubaritmo, que não tem absolutamente nada a ver com a forma de um cego pensar, ou mesmo abstrair, deixando-o avesso à Matemática.

O ábaco é um instrumento para fazer cálculos.


 
O futuro Ábaco.
O ábaco é um instrumento bem sucedido que, segundo os estudiosos, foi uma invenção dos chineses para facilitar os cálculos, pois com o passar do tempo foi surgindo a necessidade de fazer “contas” cada vez mais complexas, assim inventaram o ÁBACO, formado por fios paralelos e contas ou arruelas deslizantes, que de acordo com a sua posição, representa a quantidade a ser trabalhada, contém 2 conjuntos por fio, 5 contas no conjunto das unidades e 2 contas que representam 5 unidades.

Um exemplo de Ábaco.
O ábaco foi disseminando por toda a sociedade, com a mesma função, o que mudava era somente sua nomenclatura: O ábaco japonês é conhecido como SOROBAN, os russos chamam de TSCHOTY.
Uma pessoa que manuseava um ábaco com agilidade conseguia fazer uma multiplicação de 5 algarismos com a mesma rapidez que uma pessoa faz hoje utilizando uma calculadora digital.
Ainda hoje, depois de 3 mil anos da sua invenção, comerciantes de algumas regiões da Ásia utilizam ainda esse instrumento.
Observem nas figuras abaixo várias tipos de ábacos:
      


Como fazer os cálculos no ábaco?
O cálculo começa à esquerda, ou na coluna mais alta envolvida em seu cálculo, trabalha da esquerda para a direita. Assim, se tiver 548 e desejar somar com 637, primeiro colocará 548 na calculadora. Daí, adiciona 6 ao 5. Segue o padrão 6 = 10 – 4 por remover o 5 na vara das centenas e adicionar 1 na mesma vara (- 5 + 1 = - 4) daí, adicione uma das contas de milhares à vara da esquerda. Daí passa o três ao quatro, o sete ao oito, no ábaco aparecerá a resposta: 1.185.

Por operar assim, da esquerda para a direita, o cálculo pode ser iniciado assim que souber o primeiro dígito. Na aritmética mental ou escrita, o cálculo começa a partir das unidades ou do lado direito do problema.
Por Danielle de Miranda
Graduada em Matemática

copiado do site: 
http://www.brasilescola.com/matematica/o-abaco.htm

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

:: OMEP / BRASIL :: - Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar - Página Inicial

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Dislexia – entendimentos essenciais para famílias e escolas

13/09/2012 - Assessoria de Imprensa OMEP/BR/MS
 Você tem dúvidas sobre as dificuldades que uma criança está apresentando na leitura ou escrita? Isso tem lhe preocupado? Então se atente para este artigo: trata-se de uma dislexia? Será?
 
Existe na sua família, entre pais, avós ou tios, histórico de dislexia? Atenção redobrada! A dislexia tem estreita relação com causas genéticas. Há traços biológicos em sua configuração. Assim, com muita frequência, na clínica, se descobre pessoas da mesma família com transtorno semelhante. 
 
Se a dislexia é um assunto que está te preocupando – fruto das observações no desenvolvimento da leitura e escrita de uma criança ou adolescente -  um ótimo caminho inicial é investigar históricos na família. Antigamente não tínhamos tanto conhecimento como temos hoje em relação aos transtornos da aprendizagem. 
 
Graças aos avanços nos estudos da neurociência, da psicopedagogia, da psicologia cognitiva, entre outras áreas, temos muito mais entendimento hoje em dia sobre os fatores que distinguem a dislexia de outras problemáticas
Muitas pessoas sofreram severamente com a leitura e a escrita, mas não passaram por tratamento e nem acompanhamento. Por isso, pode ser que ao investigar esse assunto com os pais, tios e avós, estas mesmas pessoas não saibam identificar a dificuldade que tiveram fazendo relação com o conceito dislexia, e é por esta razão que devemos conversar sobre o tema sem necessariamente usar o nome do transtorno. Basta sondar se parentes bem próximos à criança sofreram durante muitos anos escolares apresentando dificuldades significativas na leitura e escrita. 
 
Quando há histórico familiar o alerta deve ser maior, esse é um fator preponderante. As intervenções precoces amenizam significativamente esses quadros. Uma pessoa disléxica será sempre disléxica, pois não tem uma cura (pelo menos ainda não), no entanto, há enorme possibilidade de que o quadro não seja severo se a criança receber intervenção desde muito cedo. Com o trabalho precoce, a criança tem grandes chances de dominar a situação e adquirir habilidades que tornarão a dislexia um quadro controlável ao longo da vida. Quando não há intervenção precoce, a criança se alfabetiza com severas dificuldades e, conforme cresce, elas aumentam  – o que faz surgir reações negativas na vida escolar. Na fase adulta enfrentará grandes problemas, pois de fato a leitura e a escrita se tornarão bastante difíceis. 
 
Por outro lado, com as intervenções precoces e sistemáticas intervenções nas séries iniciais de escolarização, o quadro se tornará controlável na vida adulta.
 
Os pontos de vista são bastante diferentes ao pensarmos a dislexia no convívio familiar, na escola ou no entorno social.  Ou seja, podemos propor especificidades distintas para tratar deste tema na família, com orientações próprias para os pais, assim como há necessidade de direcionar intervenções para a sala de aula. No entanto, este artigo se debruça sobre os aspectos gerais, com reflexões para os diferentes contextos.
 
Fala-se muito mais hoje em dia em dislexia do que em décadas passadas e não precisamos nos assustar com isto. Os avanços da medicina e da neurociência fizeram com que algumas disfunções fossem reconhecidas, melhor identificadas e é isso que causa a impressão de que existem mais disléxicos atualmente. A verdade é que os diagnósticos começaram a ser mais específicos e devemos ser muito gratos por isso. 
 
Devido aos avanços dos exames por neuroimagem - Ressonância Magnética Funcional - os conhecimentos sobre essa disfunção ampliaram e, dessa forma, naturalmente, passamos a entender mais sobre o caso, identificando e diagnosticando-os com maior precisão. Se antigamente alguns casos passavam despercebidos, sem diagnóstico, hoje temos adultos que reconhecem a falta que fez para eles um diagnóstico preciso quando eram crianças. Isso serve como indicador para que diante dos novos conhecimentos descobertos não deixemos as crianças passarem uma vida toda com essa disfunção sem receber intervenções, inclusive precoces, devido sua eficácia.
 
Quando diagnosticada precocemente as possibilidades de melhorias e avanços são extremamente significativos e isso nos importa muito. A grande aliada na intervenção precoce é a formação da capinha dos neurônios na primeira infância – teoricamente chamada de mielinização – que nesta fase está no auge da formação. Ou seja, em casos de dislexia, se provocarmos as capacidades neuronais, com os estímulos adequados, as respostas frente à leitura e a escrita poderão ser menos severas ao longo da vida. Não vale muito a pena?
Como saber já na educação infantil se uma criança é disléxica? Isso não é loucura? Não é exagero? 
 
Não, longe disso! Chama-se precaução, responsabilidade efetiva com a vida futura das crianças. Se uma criança disléxica passa quatro ou cinco anos de sua vida na educação infantil e mais uns dois anos nas primeiras séries do ensino fundamental para depois descobrirem e darem atenção ao caso, a época mais propícia para amenizar os sintomas terá ficado para trás. 
 
Chamamos essa fase de período sensível ou período crítico, em relação ao processo de desenvolvimento neuronal. Por isso não devemos esperar, pois nesses casos a espera significa problema em excesso!
 
Dislexia não é uma doença. Trata-se de uma disfuncionalidade específica de linguagem que repercute na aprendizagem. Não é um problema de inteligência e sim de um modo peculiar de funcionamento dos centros neurológicos de linguagem. O tratamento é clínico, e não medicamentoso. 
 
Por que uma criança com cerca de seis anos é capaz de saber tudo sobre animais, mas não é capaz de aprender o alfabeto? Por que uma criança de oito anos lê um texto, mas não entende o que leu?
 
Algumas crianças, mesmo muito inteligentes, apresentam severas dificuldades para ler e escrever e é por isso que mesmo antes da alfabetização precisamos nos dedicar a estas crianças. 
 
O que importa muito quando já está detectada a dislexia?
 
Pessoas disléxicas não têm dificuldades de compreensão da linguagem, as dificuldades são localizadas nas atividades de reconhecimento das palavras. 
Não diz respeito à deficiência visual ou auditiva, muito menos afetivo-emocional ou sociocultural. É muito importante entender isso para não misturar as coisas.
A compreensão global da leitura fica comprometida, pois essas pessoas leem passo a passo, decodificando cada palavra, o que torna a compreensão bastante desafiadora.
Conseguem melhores acertos nos questionamentos e problemas orais do que nos escritos.
A dificuldade na matemática, em algumas situações, como na resolução de problemas, deve-se ao problema da leitura e não de raciocínio matemático. Elas geralmente se saem muito bem nas resoluções orais da matemática.
 
Quando devemos nos preocupar? Vamos por etapa para ficar um pouco mais fácil? 
 
Entre quatro até seis anos: dificuldade para memorizar as letras das músicas infantis, pronúncia incorreta das primeiras palavras mesmo com a correção dos adultos; dificuldade para memorizar as primeiras letras; para reconhecer as letras iniciais das palavras e dificuldade para identificar rimas.
 
Com cerca de sete até nove anos: inabilidade para associar as letras aos sons, começa nessa fase a se tornar preocupante as trocas com as letras e é nesse período que se iniciam as reações negativas com a leitura. 
 
Com cerca de nove anos em diante: a leitura é bem silabada, ao ler aparecem trocas nas palavras – ao invés de ler uma coisa lê outra, a interpretação nas leituras fica prejudicada, o que leva aos prejuízos em outras disciplinas, e não somente na língua portuguesa. 
 
Importa no entanto que os adultos de forma geral sejam mediadores entre essas crianças e os sons da língua, pois deixá-las por si próprias a enfrentarem as complexidades da linguagem, seria o mesmo que soltá-las na piscina, sem que saibam nadar. Elas são muito capazes, necessitam apenas de mais informações visuais e auditivas.
 
Esse tema não se esgota, por isso encerro com a certeza de que as necessidades de continuidade são reais e concluo: classificar um sintoma não é rotular e sim entendê-lo para propor possibilidades de avanços!
 
Neste artigo o conceito aparece associado com a definição de transtorno e não como distúrbio, motivo: opção teórica baseada nas autoras Nádia Bossa e Newra Rotta. Há divergências entre as nomenclaturas transtorno e distúrbio, por isso cada autor opta pelo conceito que lhe for mais significativo em seus estudos. Como atualmente há uma preocupação em vencermos essa barreira teórica, temos visto uma preocupação em diferenciar problemas por lesão cerebral, chamada de distúrbio e, transtorno, quando a problemática é na funcionabilidade. No caso da dislexia, há problemática na parte funcional das áreas neuronais da linguagem, o que sugere e respalda o uso do termo transtorno. Não há, porém, grandes implicações. É apenas um ajuste teórico em respeito ao leitor(a).
 
Para aprofundamento do tema sugiro estudos sobre as pesquisas da Neuropediatra Newra Rotta e da Neuropsicóloga Nádia Bossa. No próprio site da Associação Brasileira de Dislexia há referência aos dois termos: transtorno ou distúrbio.
 
Gostaria de continuar a reflexão ou tem sugestões, perguntas e dúvidas para trocar? Escreva-me: romlpimentel@gmail.com, será um imenso prazer!
 
Roberta Leal Pimentel (www.robertapimentel.com.br)
Mestra em Educação, Especialista em Psicopedagogia, Pós-Graduanda em Neuroeducação e Pedagoga.
 
 

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Q&A with Daniel Pink
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Q&A with Daniel Pink
Daniel Pink, best-selling author and a keynote speaker at our upcoming 63rd Annual Conference in Baltimore, chatted with us by phone recently about his keynote, "A Whole New Mind," and about his very popular book of the same title. Our conversation ranged over a host of topics, particularly Pink's premise: The future belongs to those with a different kind of mind--"designers, inventors, teachers, storytellers--creative and empathic 'right-brained' thinkers." Pink says three forces--abundance, Asia, and automation-- drive this shift away from the "narrowly reductive and deeply analytical" form of thinking that has dominated American society for a century. Here is a slice of our conversation. Pink answers seven questions; many are of special interest to those concerned with dyslexia. Read More.
Empower Youth Symposium to be Held in San Diego
On October 6, 2012, the San Diego Branch of IDA will host their first-ever Empower Youth Symposium - A Day for Those Who Learn Differently, geared towards children and their parents, at the David & Dorothea Garfield Theater in La Jolla. The goal of the event is to empower and inspire pre-teen and teen students with learning differences such as dyslexia and attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) who struggle to succeed academically and emotionally. Read More.
Inaugural Parent Conference Registration is Open
Family
IDA has set the standard for training professionals in the most up-to-date, research-based assessment, remediation, and research-to-practice tools in the world.  In recent years, more and more parents have attended the annual IDA conference looking for ways to help their children with dyslexia. So we've decided to dedicate a day and a half to a child's biggest supporters and advocates, his or her parents. The Inaugural Parents Conference offers a mix of parent-only and parent/professional combined opportunities, including sessions, social events, and interactive gatherings. Read More.
Neuroscience Meets Twitter!
How fitting that the IDA's first "conference tweet chat" is taking place at one of our most forward-thinking sessions, "Neuroscience in the 21st Century: Where are we going?." This symposium, chaired and organized by Dr. Gordon Sherman, convenes October 24 (8:30 a.m. - 4:30 p.m.) at our 63rd annual conference in Baltimore, MD. During the symposium (and before), we will monitor (but not project) a Twitter feed, from which we will pull questions for our distinguished panel of speakers.  Read More.
Orton Oaks to Hold Reception in Baltimore for Longstanding IDA Members
IDA's foundation has been secured by its many dedicated members.  Some of those members have been a part of the organization for as many as 61 years and others for 50 years or more. 
IDA wishes to honor all those who have been members of IDA for 25 years or longer with a special reception on Friday, October 26th, during the upcoming IDA Annual Conference, from 5:30 pm to 7:00 pm, just prior to the President's Celebration. Read More.
IDA Mourns the Loss of a Dyslexia Pioneer  
Lucia Karnes
Lucia Rooney Karnes died on September 8, 2012 in Winston-Salem, North Carolina.  She was preceded in death by her husband, Thomas Campbell Karnes, and her son, T. Campbell Karnes, III. She is survived by three children: Eleanor, Timothy and Charles and five grandchildren.

Lucia served The Orton Society in many and varied positions of leadership, including several terms on the National Board of Directors and Vice President. She was Program Chair for the Winston-Salem IDA Conference and was the first Branch-in-Formation Chairman. In 1993, she received the Samuel T. Orton Award.  Please read on...
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