segunda-feira, 28 de junho de 2010

Compreender as causas da Perturbação do Processamento Auditivo (PPA).

De uma forma geral, a Perturbação do Processamento Auditivo surge pela falta de estímulos sonoros durante a infância. As estruturas do nosso cérebro que interpretam e hierarquizam os sons desenvolvem-se até aos 13 anos e durante este período se o sistema auditivo não for devidamente estimulado, ocorre um mau funcionamento das vias auditivas.


As causas são variadas, entre elas:

Histórico de inflamações frequentes nos ouvidos (otites);

Problemas congénitos (sífilis, taxoplasmose, rubéola, herpes…);

Alterações neurológicas (doenças degenerativas, epilepsia, etc…);

Problemas alérgicos respiratórios (sinusites, rinites, ..);

Perda auditiva neurossensorial nos primeiros anos de vida;

Baixo peso ao nascer;

Permanência em incubadoras;

Alcoolismo materno ou ingestão de drogas psicotrópicas durante a gestação.


A Perturbação do Processamento Auditivo (PPA) raramente é diagnosticada pelos médicos de clínica geral, uma vez que estão associados diferentes sintomas relacionados com a audição.


Esta perturbação tem um índice elevado nas grandes cidades devido ao excesso de ruído que impossibilita a percepção de estímulos sonoros e excesso de poluição que provoca alergias e bloqueiam o ouvido com muco.


E porque não são só estas causas que influenciam esta perturbação no processamento auditivo, procure informar-se junto de um especialista na área. Pergunte-nos como.

FONTE DE PESQUISA: http://processamentoauditivoportugal.blogspot.com/2010/04/compreender-as-causas-da-perturbacao-do.html

Terá o seu filho Perturbação do Processamento Auditivo (PPA)?



não significa surdez. Uma criança com PPA pode ter uma audição normal mas ter dificuldade em entender o que escuta. É uma disfunção que quando diagnosticada precocemente, o sucesso de cura é elevado.


Mas quando é que o seu filho pode sofrer desta perturbação? Frequentemente os pais queixam-se que os filhos são crianças distraídas que precisam de lhes repetir as instruções. Contudo, isso pode não ser apenas desatenção mas sim uma imaturidade das suas vias auditivas que o impossibilitam de reconhecer e filtrar os sons.


Preste atenção aos sinais e verifique se o seu filho poderá se enquadrar num possível diagnóstico de PPA.

Os sintomas clássicos são os seguintes:

Mostra-se excessivamente distraído;

Apresenta reacções exacerbadas aos sons intensos;

Demora a reagir nas respostas aos estímulos auditivos (não responde imediatamente quando é chamado ou necessita que o chamem muitas vezes);

Confunde a ordem dos factos ou não compreende uma história ou piada com duplo sentido;

Tem dificuldade em acompanhar uma conversa quando várias pessoas falam ao mesmo tempo;

Tem dificuldade em localizar a origem dos sons;

Tem dificuldade em seguir instruções orais;

Tem dificuldade em escutar/entender num local muito ruidoso;

Fica confuso ao narrar uma história ou quando tem que dar um recado;

Não consegue compreender correctamente os textos que lê;

Solicita a repetição de informações auditivas;

Tem dificuldade em pronunciar o /r/ e o /l/;

Tem dificuldade em memorizar as coisas;

Tem dificuldades na escola (especialmente nas disciplinas de Matemática e Português);

Demora muito tempo para conseguir aprender a ler e a escrever;

Tem dificuldade em entender a entoação das frases;

Tem uma má caligrafia;

Troca muito as letras na escrita;

Tem dificuldades em distinguir a direita da esquerda e confunde-as sistematicamente;

Gagueja ao falar;Tem comportamentos sociais inadequados: muito agitado ou, pelo contrário, quieto demais, isolando-se.

Se o seu filho demonstrar alguns destes sinais consulte um especialista experiente na área que o ajudará a encontrar o tratamento mais adequado para o bem estar do seu rebento. Pergunte-nos como.
 
FONTE DE CONSULTA: http://processamentoauditivoportugal.blogspot.com/2010/04/tera-o-seu-filho-perturbacao-do.html

A Perturbação do Processamento Auditivo : NA ESCOLA, COMO AGIR?



A Perturbação do Processamento Auditivo ainda passa despercebida em Portugal. Na maioria das vezes, esta disfunção é confundida com problemas de aprendizagem ou até mesmo com déficit de atenção.


Para além das sessões de terapia e do trabalho de treino diário realizado em família, a criança com PPA deve também ser acompanhada na ESCOLA.


Se é professor, saiba como o seu papel também é fundamental para um melhor desempenho do seu aluno:

Mantenha a sala de aula o mais silenciosa possível, reduzindo o ruído ambiental;

Durante a aula, melhore a sua comunicação utilizando palavras-chave que reforcem a mensagem;

Controle a atenção do aluno, chamando-o pelo nome ou dando pequenos toques;

Forneça imagens em simultâneo com a mensagem auditiva.

Posicione a criança num local estratégico da sala onde o ouvido que tem um melhor desempenho esteja direccionado para si.

FONTE DE PESQUISA: http://processamentoauditivoportugal.blogspot.com/2010/05/ppa-na-escola-como-agir.html

O Processamento Auditivo Central (PAC).



O Processamento Auditivo Central (PAC) é um sistema cujos processos estão relacionados com a detecção, análise e interpretação dos sons. Assim, quando ouvimos um determinado som ou mensagem, uma série de processamentos ocorrem no nosso cérebro - mais precisamente no sistema auditivo periférico e no sistema nervoso auditivo central - possibilitando a análise e interpretação desse mesmo som.


Deste modo, a Perturbação do Processamento Auditivo (PPA), ou Auditory Processing Disorder (APD), é uma alteração no funcionamento do processamento auditivo que cria uma falha e impede a capacidade de analisar e interpretar os sons. Ou seja, a criança não consegue atribuir significado àquilo que ouve, mesmo que apresente uma audição normal.

Esta disfunção normalmente desenvolve-se nos primeiros anos de vida (até aos 13 anos) e, para uma criança com PPA o mundo é um local de ruídos desordenados, no qual é quase impossível descodificar e filtrar os sons, impedindo-a de usar plenamente as suas competências auditivas.

Os EUA foram os primeiros a investigar a perturbação do processamento auditivo, na década de 50-60, tendo o Brasil começado a estudar o tema nos anos 80. Na Europa, países como Espanha, França, Itália e Inglaterra também já se dedicam à discussão e avaliação da PPA.

Portugal começa agora a abraçar o tema e promete trazer a público algumas discussões para alertar e sensibilizar a população e profissionais, sobre um assunto que ainda é pouco conhecido no país.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Aprendizado de música exige o uso de diversos sentidos .


19 de junho de 2010

N° 16371AlertaVoltar para a edição de hojeLARISSA ROSO

Estímulo para o cérebro

Aprendizado de música exige o uso de diversos sentidos e faz com que o órgão trabalhe intensamenteAo dedilhar as cordas do contrabaixo, Lucas, 12 anos, sente a música tomar conta do seu corpo. Portador de dislexia, distúrbio de aprendizagem que pode comprometer a leitura, a escrita e a soletração, o aluno da 6ª série não imagina que a energia que passa pelas pontas dos dedos tenha potencial para transformar sua vida. Com dificuldade para aprender idiomas na escola, ele encontra na atividade extraclasse uma conexão com o mundo das letras.

– Leio bem, mas na hora de escrever não sai bem. Criava a música e ficava cantarolando, mas acabava esquecendo. Agora estou começando a escrevê-las. A música ajuda a me concentrar melhor – afirma o adolescente, que toca desde os seis anos e tem uma banda de rock.

O que Lucas sente abastece o esforço de pesquisadores de várias partes do mundo para provar os benefícios diretos da música à saúde. É recente a busca por comprovações de que saber ouvir e tocar promove estímulos essenciais ao cérebro, tornando-o mais afiado para absorver o conhecimento e ajudando a tratar problemas neurológicos. No Brasil, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (leia mais na página seguinte) está sendo preparada para tentar provar que o treinamento musical pode se transformar em tratamento para disfunções como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade.

– É importante trazer esse assunto para o meio científico. É preciso saber o impacto do treinamento musical. Será que a música pode corrigir determinados problemas neurológicos? É uma pergunta procedente – afirma o psiquiatra Jair Mari, orientador da pesquisa.

Para ler as claves na pauta, perceber o tempo e o compasso e acertar o ritmo no instrumento, o cérebro precisa funcionar em alta rotação. Os sentidos trabalham em força máxima. Alterações no comportamento são visíveis a pais e professores. Melhora a atenção, tranquiliza, contribui para o aprendizado. O poder da melodia e da canção pode ir ainda mais longe: transformar-se em tratamento médico.

– Quando aprende música, você faz o cérebro funcionar melhor, ativa várias áreas. As conexões neuronais ficam mais afinadas. Será que isso não pode facilitar outros aprendizados como a leitura, por exemplo? – indaga o psiquiatra Jair Mari.

A possibilidade traz luz aos pais do estudante da Capital, que se esforçam para que ele se desenvolva como qualquer outro menino. Lucas pode até não alcançar a cura, mas, a cada vez que toca o seu contrabaixo, já venceu mais uma etapa:

– Curto a música, me faz bem. Fico tranquilo e alegre.

gustavo.azevedo@zerohora.com.br
GUSTAVO AZEVEDOanteriorlista

Os benefícios da música para o cérebro humano.


19 de junho de 2010

N° 16371AlertaVoltar para a edição de hojeLARISSA ROSO

Descobertas que vêm do CanadáCientistas canadenses publicaram um dos estudos mais completos sobre os benefícios da música para o cérebro humano. A pesquisa, divulgada em 2009, analisou mudanças cerebrais estruturais e funcionais de crianças que receberam treinamento musical.

Elas foram divididas em dois grupos: o primeiro recebeu treinamento individual em teclado por 15 meses, e o segundo teve apenas os fundamentos básico na escola, sem acesso a instrumento. Os cérebros dos alunos que tiveram ensino de música apresentaram alterações significativas em áreas responsáveis pela parte motora e também do corpo caloso, que faz ligação dos dois hemisférios cerebrais, demonstrando a necessidade de trabalhar várias funções para aprender a tocar.

A parte do cérebro responsável pela aprendizagem de música e linguagem, chamado de Giro de Heschl, também se desenvolveu. Para os especialistas, as diferenças nas áreas motoras e auditivas já eram esperadas, mas houve também mudanças significativas em outras zonas, ligadas à atenção e ao aprendizado. Os resultados indicaram que pode ocorrer maior neuroplasticidade (veja figura), um fenômeno que desenvolve e fortalece os neurônios a partir de fatores externos.

Para o psiquiatra Jair Mari, que divulgou a pesquisa no país durante o 6° Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções, entre os dias 9 e 12 de junho, em Gramado, é uma prova, ainda que incipiente, para relacionar a saúde mental à música.

– Esses resultados dão subsídios à hipótese de que o treinamento musical pode auxiliar crianças com transtornos de desenvolvimento e adultos com doenças neurológicas – sustenta Mari.

Essa possibilidade empolga não só a classe médica, mas também quem vive da música. Especialistas e professores percebem diariamente como a prática pode ser importante para o desenvolvimento dos alunos – não apenas cognitivo.

– Temos alunos com depressão, e os pais procuram a música como terapia. Mesmo sem comprovação médica, num determinado tempo, ele sai daqui outro. As relações sociais, o prazer de aprender, de tocar, é importante e saudável – afirma o professor de música Marco Antônio Filho.

Para o professor Luiz André Silva, que tem um aluno com dislexia, a música oferece referências para combater as dificuldades de leitura e escrita.

– Hoje, o processo pedagógico normal ainda não tem uma referência concreta para que crianças com dislexia possam desenvolver uma ferramenta de tradução. Com a música, quando se associa o visual, o auditivo e todo o processo do instrumento, encontra-se uma ferramenta concreta, que auxilia não só na leitura mas também na escrita musical, criando as próprias músicas. Isso é extremamente positivo para o aprendizado normal – ressalta.

Discalculia, um distúrbio neurológico.

Números complexos


Matemática é fundamental para a vida, mas a resistência exagerada à disciplina pode ser reflexo da discalculia, um distúrbio neurológicoUm, dois, três, 95, 1.240, quatro, 17. Dedos contados a cada adição e subtração. Olhar de espanto e desinteresse ao ver fórmulas ou contas que exigem poucos segundos de raciocínio.


21 de junho de 2010

N° 16373AlertaVoltar para a edição de hojeCAPA


Se um dos problemas acima faz parte da vida de seu filho e não condiz com a idade escolar dele, fique atento. O pequeno pode ser uma criança que resiste à matemática e sofre de descalculia, um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números e, óbvio, o desempenho em sala de aula.

Considerada um problema de aprendizagem aritmética que atinge cerca de 3 a 6% da população em idade escolar, a discalculia pode estar associada à dislexia e faz com que a pessoa tenha dificuldades para estimar grandezas, confunda operações, conceitos, fórmulas, sinais numéricos e a utilização da matemática no dia a dia.

– A discalculia é mais comprometedora da funcionalidade que os problemas relacionados à leitura, porque toda nossa vida gira em torno de números. O mau desempenho matemático tem várias consequências, como a baixa remuneração dos empregos e a dificuldade de aquisição de renda – explicou o neurologista Vitor Geraldi Haase durante o 6º Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções.

Você percebe que seu filho está em conflito com a matemática quando tem notas baixas na disciplina, dificuldade de aprender, não consegue compreender a tabuada, persiste em contar nos dedos, não faz relações com tempo, tamanho e quantidade. Mas, para avaliar a aquisição ou não da discalculia, o recomendado é aplicar testes padronizados. Nem toda resistência é sinal do problema.

– Pais e escolas que não conhecem o conceito da discalculia ficam desamparados. Atribuem o transtorno à preguiça ou à suposta burrice das crianças. Assim, acabam usando medidas punitivas, castigos e o conflito familiar para mudar o comportamento das crianças – disse Haase.

Ao longo da vida, os reflexos das “complicações numéricas” são tantos que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Matemática, o raciocínio desenvolvido pela matemática pode influenciar também no progresso da leitura e da análise de textos. Além disso, crianças com dificuldade na disciplina geralmente carregam estereótipos na escola. Na fase adulta, se não tratadas, podem ter complicações até na hora de fazer compras parceladas, distribuir o salário e montar o orçamento doméstico, diz a psicopedagoga Beatriz Vargas Dorneles.

– A matemática pode ser um problema em sala de aula. Mas precisa ser bem ensinada e aprendida – alerta Beatriz.

Se pais e professores não têm paciência, e didática, a criança poderá ficar insegura e com medo de novas situações, podendo desenvolver até mesmo uma fobia matemática. Baixa autoestima devido a críticas e punições de pais e colegas também subtraem o lado intelectual e pessoal.

anelise.zanoni@zerohora.com.br

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