segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Reorganização Neurofuncional : Método Padovan

Beatriz Padovan: “Da curiosidade à vontade de ajudar”




Por Anna Ruth Dantas


Conhecida mundialmente por ter criado o Método Padovan, a fonoaudióloga Beatriz Padovan é uma referência no tratamento de crianças e adultos com síndromes, paralisia cerebral, vítimas de Acidente Vascular Cerebral. O modelo de tratamento que ela desenvolveu é focado na “reconstrução” das fases do desenvolvimento, atuando na organização do sistema nervoso.
 
A eficácia desse método é comprovada pela proliferação dele no mundo todo. Desde 1979 Beatriz Padovan ministra cursos em países europeus ensinando o modelo de tratamento. A fonoaudióloga ressalta que o centro de todo trabalho não é a doença, mas o ser humano, o próprio paciente.


“Uma criança que tem um retardo no seu desenvolvimento você pode curá-la com o método. Ou uma pessoa que tenha tido um derrame cerebral, você pode levá-la a ter uma vida normal outra vez, depende da extensão, da lesão, depende do tempo”, destaca a criadora do método, que esteve em Natal para ministrar um curso a convite da fonoaudióloga Yara Caldas.

E, acreditem, todo esse trabalho de Beatriz Padovan surgiu por curiosidade. Ela trabalhava como professora em uma escola pública quando percebeu que cinco alunos não acompanhavam o aprendizado. Informada que se tratava de um caso de Dislexia, a então educadora foi em busca de descobrir como tratar a doença. Começava aí todo o processo de descoberta que viria, mais tarde, a originar o Método Padovan.

É com toda autoridade de quem desenvolveu o método, que Beatriz afirma: o Rio Grande do Norte é referência nesse trabalho para o Norte e Nordeste. Inclusive é no Estado potiguar que está instalado o Centro Nordestino Padovan.

A convidada de hoje do 3 por 4, é uma pessoa muito carismática, simpática no trato, simples no falar e que empolga com o importante método que desenvolveu. Com vocês, Beatriz Padovan.

O Método Padovan é conhecido e aplicado hoje mundialmente. Quando a senhora concebeu esse tipo de tratamento imaginava que fosse chegar tão longe?

Não. Honestamente não. Eu era professora de uma escola onde eu comecei a observar que algumas crianças não aprendiam a ler e escrever e eram inteligentes. E eu me incomodava com isso. Eu dava um reforço para essas crianças, eram cinco de um grupo de 32, e elas pareciam que iam para frente e depois elas regrediam quando eu parava. E isso me incomodava muito até que eu fiquei sabendo que uma delas havia sido diagnosticada como disléxica. E aí pensei que as outras também eram porque as características eram muito semelhantes. E aí pensei: onde vou aprender sobre dislexia? Seria numa faculdade de Fonoaudiologia. E lá fui eu fazer a faculdade de Fono. Essas crianças iam mal em todas as matérias, principalmente naquelas que exigiam corpo, educação física e fazer trabalhos manuais era difícil para elas. Deixei a escola e fui fazer o curso para aprender mais sobre dislexia. Lá eu aprendi e vi a importância da dislexia, não estava relacionada com inteligência, não estava relacionada com preguiça, mas era uma dificuldade real que elas tinham e chegavam (especialistas) a dizer que poderia estar relacionada à disfunção cerebral mínima, que significa alguma coisa neurológica. Fiquei bem interessada em conhecer todo processo, por que isso acontecia e como tratava? Quando chegou na hora de tratar não gostei da metodologia (da universidade) que era o tratamento. Eu vi que eles faziam trabalhar a dificuldade da criança, mas não a criança toda para que ela superassse aquela dificuldade. Cheguei a perguntar para o professor, comentando que via nas crianças dificuldade motora de atenção, concentração e hiperatividade muito grande. E perguntei o que fazer? Ele disse que faria avaliação e ia direto no assunto, se ela não sabe ler vamos ensinar a ler. Muitas abordagens terapêuticas trabalham mais o sintoma e não a causa. E eu pensei: preciso descobrir algo que me convença a trabalhar essas crianças ou vou voltar a ser professora. Estava disposta a fazer isso, quando comecei a estudar muito, ler muito e encontrei a solução do que procurava, mostrando que todo processo de amadurecimento de uma criança estava intimamente relacionado com a capacidade que ela teria mais tarde para manifestar todo aprendizado. Encontrei um neurocirurgião americano que descrevia o desenvolvimento da criança e dizia que se houvesse falha no desenvolvimento se manifestaria mais tarde.

Ou seja, o Método Padovan surgiu de uma grande curiosidade?

De uma grande curiosidade e uma grande vontade de ajudar as crianças.

Mas o método que a senhora desenvolveu é aplicado também a crianças e adultos. Como um tratamento pode atuar em fases tão distintas?

A relação é que quando nós nascemos temos uma programação genética a ser cumprida. Com o filho você espera que ele vá se desenvolvendo, rasteje, engatinhe, fique em pé e depois ande. E se eu tenho uma criança que não alcançou tudo isso por alguma razão, que poderia ser até uma falha de amadurecimento do sistema nervoso central, então o que nós poderíamos fazer era recapitular as fases do desenvolvimento, atingindo e estimulando o sistema nervoso central em cada nível correspondente a cada uma das atividades. Com isso, você vai organizando, estimulando e até nutrindo o sistema nervoso central para que ele retome ou adquira a maturidade para poder estar no seu ambiente, agindo e reagindo.

No Método Padovan a senhora não trabalha a doença, mas o ser humano?

Trabalho com o ser humano, que pode estar doente e pode estar sã. Uma criança com dislexia ela é ativa, muitas vezes a pessoa nem pensa que ela tem alguma doença.

Qual a doença mais difícil de ser tratada com Método Padovan? São síndromes, paralisias?

Tem todas as síndromes, tem as doenças degenerativas do sistema nervoso central, como Parkinson, Alzeimer e outras doenças neurológicas. Com essas doenças que são degenerativas você pode levar a uma melhor qualidade de vida, mas você não pode dizer que cure isso. Mas uma criança que tem um retardo no seu desenvolvimento você pode curá-la com o método. Ou uma pessoa que tenha tido um derrame cerebral, você pode levá-la a ter uma vida normal outra vez, depende da extensão, da lesão, depende do tempo. Você pode levar a ter uma vida normal em qualquer idade. Até as pessoas que ainda estão em coma você começa a aplicar o método, você vai fazer no indivíduo os movimentos que são considerados movimentos genéticos do ser humano.

Mas a senhora conseguiria aplicar esses exercícios com o paciente em coma?

Sim. A gente vai atingindo os níveis neurológicos. O paciente não precisa ter consciência e nem colaborar. Eu faço nele os exercícios. O Método é dividido em duas partes: os exercícios corporais, que é uma recapitulação de todo desenvolvimento do indivíduo. A gente vai repetindo os movimentos sempre na mesma ordem de aquisição e chega até o ponto onde o indivíduo se encontra na sua maturação. A segunda parte é restabelecer e fortalecer, melhorar as funções orais. Nós não temos um órgão para falar, usamos a boca, que foi feita para comer. Esses exercícios seriam toda recapitulação do desenvolvimento que recapitula a própria evolução. Você faz primeiro exercício corporal, em seguida restabelece as funções orais, usando a própria função, respiração, de mastigação, sucção e deglutição.

Mas, mesmo sem a colaboração do paciente, tem resultado?

Mesmo assim tem resultado, um bom resultado. Até com crianças autistas, elas não colaboram nada e você vai fazendo os exercícios e elas vão melhorando cada vez mais.

O que leva o Rio Grande do Norte a ser apontado como uma referência para o Nordeste nesse Método Padovan?

Como o Método veio para cá? Conheci Yara Caldas (coordenadora do Centro Nordestino Padovan, que funciona em Natal), quando eu estava dando um curso em Recife de especialização, do qual ela participou. Esse foi o primeiro curso do Nordeste, foi um curso de dois anos. E a partir de 1997 o Método começou a ser aplicado no Rio Grande do Norte. Em 1999 vim ao Rio Grande do Norte para apresentar o Método, com evento organizado por Yara Caldas, que foi pioneira aqui. Foi aberto o curso de especialização para Norte e Nordeste em Natal. O Rio Grande do Norte é referencial hoje para essa região.

Qual o paciente que lhe deixou mais emocionada?

Se eu não fiz nada na minha vida eu vou contar a história de uma paciente. Era uma paciente autista, tinha 14 anos de idade, isso foi em 1973, e comecei a trabalhar e fui fazer as funções orais. Muitos pacientes demoram a fazer cada função de forma correta. Mas essa menina não falava nada e o prognóstico era nunca falar. Mas fui trabalhando primeiro o corpo e as funções orais. E chegou na hora da sucção e foi muito complicado. Levei um ano e dois meses para conseguir fazê-la dá umas três sugadas. E eu trabalhava todos os dias, cinco vezes por semana. Quando ela começou a sugar, continuei a fazer os exercícios corporais e em seguida os orais e depois de um ano e meio, que ela já estava sugando bem, começou a balbuciar. Ela levou uns cinco anos para falar e hoje ela é uma mulher de mais de 40 anos e hoje fala. De vez em quando ela me telefona. Se eu não fiz nada nesse mundo eu fiz isso, que me deu uma satisfação muito grande.

Detalhes
Sonho concretizado:

ajudar as pessoas a se desenvolverem

Em que acredita:

em Deus, foi Ele quem fez toda

a natureza

Plano:

é uma boa pergunta. Meu plano é divulgar o mais possível, não para mim, mas para pessoas que recebem a terapia. É uma alegria muito grande quando se vê a melhora do paciente.

FONTE DE PESQUISA: http://www.padovan.pro.br/

Engatinhar é preciso para desenvolve conexões cerebrais

Engatinhar é preciso


por TATIANA ARANHA, FILHA DE MARIA DO CARMO






Quando seu filho descobre que pode se movimentar sem a sua ajuda, ele desenvolve conexões cerebrais que vão ser importantes para o aprendizado da fala e da escrita. Quem anda direto pode sentir falta essa etapa depois. Caia no chão com ele.
 
Muito pai e mãe ficam cheios de orgulho quando o filho pula a fase do engatinhar. Andar direto é isto como sinônimo de precocidade, quase um atestado de QI acima da média, daquelas coisas que a gente gosta de comentar na sala de espera do pediatra. Não é à toa que nos espantamos quando o médico aconselha a pôr o filho no chão e estimulá-lo a, exatamente, engatinhar. ′Ué, mas isso não é voltar atrás?′ Não mesmo. Essa é uma etapa tão importante que pode ajudar seu filho depois, na hora de aprender a falar, a escrever, a copiar a lição...


A coisa parece meio maluca, mas faz sentido. ′Quanto mais possibilidades motoras a criança tem, mais preparada a estrutura neurológica estará para as funções superiores - aprendizado da escrita, da fala e do pensamento′, afirma Fernanda Rombino, filha de Odette, que trabalha com reorganização neurofuncional utilizando o método Padovan.

Ao engatinhar, o campo visual do bebê aumenta, e ele adquire percepção de espaço e tempo - começa a notar volume, distância...

′Fica mais fácil fazer a progressão espacial, que é a noção de que a criança vai precisar, por exemplo, para passar ao caderno o que vê na lousa′, exemplifica Izabel Bicudo, mãe de Pedro e Luiza, psicomotricista e presidente da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade.

O fato de o bebê saltar essa fase está ligado à maturação do seu sistema neurofuncional. ′Pode ter causa genética (talvez você mesmo ou os avós nunca tenham engatinhado) ou se dever à falta de estímulos′, diz Dr. Mauro Muszkat, pai de Débora, Renata, Vitor e Daniel, neuropediatra e coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil. Nada de pânico. ′O sistema neurológico vai se desenvolver normalmente′, garante o médico.

O interessante é proporcionar oportunidades para que seu filho se movimente dessa maneira, mesmo que ele já caminhe.

Foi o que fez Carolina Campos, mãe de Dylan. O menino começou a andar aos 9 meses. ′Primeiro ele circulava pela casa se apoiando em tudo. De repente, começou a andar′, conta a mãe, que estuda arte-terapia. ′Hoje ele também engatinha. Procuro deixar alguns brinquedos próximos para que ele exercite o engatinhar, mas, se o percurso é de

longa distância, ele levanta e vai andando.′

O QUE É O MÉTODO PADOVAN

Quem diria que engatinhar poderia ser um exercício usado em tratamentos fonoaudiológicos? Para tratar problemas de fala, escrita e de doenças como o mal de Alzheimer, a fonoaudióloga Beatriz Padovan baseou seu método nos ensinamentos de Rudolf Steiner (1861-1915) sobre a natureza do ser humano e na teoria da reorganização neurológica, criada na década de 50 pelo neurologista americano Temple Fay (1895-1963). Após anos de estudo, elaborou uma série composta por exercícios corporais, respiratórios e oro-bucal-faciais. ′São exercícios como rolar, rastejar, engatinhar.

A idéia é repetir diversas fases do desenvolvimento do sistema neurológico, assim o paciente recapitula alguns processos que podem interferir em sua fala e seu pensamento′, comenta a fonoaudióloga Fernanda Rombino. ′Os pais aos poucos começam perceber a diferença. Às vezes melhora o desenho, a habilidade de recortar, a fala e até o funcionamento do intestino.′

Ele se move!

Engatinhar, no dicionário, é andar de gatinho, sustentando o corpo em quatro pontos. Quando seu filho conseguir virar de bruços, prepare-se! Os bracinhos já estão mais fortes, e, um belo dia, ele joga o corpo para frente, vira a barriga para baixo, apóia as mãos e os joelhos no chão, empina a bundinha e lá vai atrás do que lhe chamar mais a atenção. ′É instintivo fazer movimentos cruzados (braço direito e perna esquerda) como os gatos′, explica a fonoaudióloga Fernanda Rombino. Com o passar do tempo, a cadeia muscular, sob o comando do cérebro, adquire maior organização. Aos poucos os reflexos se tornam ações voluntárias, aprendidas. ′Até então, qualquer ação do bebê era ato reflexo, como buscar o peito da mãe para mamar′, complementa.

A vivência que a criança arrastando-se pelo chão adquire é fundamental para o amadurecimento do mesencéfalo - parte do cérebro responsável pela remessa de mensagens ligadas à realização de movimentos. Com o deslocamento do bebê, os dois hemisférios cerebrais passam a trabalhar unidos.

Não é a mamãe!

Entre o oitavo e o nono mês, aproximadamente, o bebê desfruta dessa incrível sensação de liberdade. Ele está apto para suas primeiras expedições pela casa. ′É a descoberta de um novo mundo, a criança cria novas relações espaciais e ganha um repertório mais amplo′, afirma Dr. Mauro. Agora tudo é uma ação motora. ′A partir da experiência corporal, das novas vivências, o bebê constrói imagens e pensamentos′, acrescenta a psicomotricista Izabel Bicudo. O desenvolvimento das crianças pode ser avaliado por três aspectos: neuromotor, anato-fisiológico e psicológico. O primeiro é responsável pela consciência do eixo corporal, que é fundamental para o equilíbrio e as noções de lateralidade (percepção do que está à direita ou à esquerda, na frente ou atrás...). O segundo está ligado ao fortalecimento muscular, à formação da curvatura cervical e lombar, posicionando a coluna de forma mais correta, e à curva plantar, que o pezinho do bebê não tinha antes. Nessa fase de início de independência, de autonomia e mobilidade, a criança descobre que a mãe é uma coisa e ela outra. ′Até então, o bebê achava que ele e a mãe eram a mesma pessoa. O desenvolvimento psicológico surge a partir das experiências corporais′, completa Izabel. Então, coloque seu filho no chão e deixe que ele ganhe o mundo.

AJUDE SEU FILHO A ENGATINHAR

Não tenha receio de colocar o bebê no chão. Estique um edredom ou um tapetinho próprio para bebês, vendido em loja de brinquedos. A criança precisa de espaço para se exercitar.

Crie um ambiente seguro. A melhor maneira de descobrir onde estão os riscos é sair, você mesmo, engatinhando pela casa.

Coloque no chão objetos que chamem atenção, mas os deixe um uma distância que possibilite que o bebê engatinhe.

Leve a criança diante do espelho para que ela se reconheça. Se possível, instale no quarto do bebê um espelho no sentido horizontal bem próximo ao chão. Ele observará seus movimentos.

Já é possível distraí-los com brincadeiras como: ′Cadê? Achou!′. Eles adoram se esconder atrás de qualquer coisa.

Estimule a visão da criança com brinquedos coloridos e objetos externos, relacionados a cenas do cotidiano. Exemplo: dar nome às coisas, mostrar o cachorro, a árvore, os pássaros etc.


FONTE DE PESQUISA:
http://www.revistapaisefilhos.com.br/htdocs/index.php?id_pg=109&id_txt=269

Consumo de remédios contra déficit de atenção aumenta 1.616%

Consumo de remédios contra déficit de atenção aumenta 1.616%





Agitação, impulsividade e distração podem ser apenas características de crianças mais inquietas, e não sintomas de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Estima-se que de 3% a 6% das crianças entre 6 e 13 anos de idade sofram do distúrbio, mas especialistas alertam para o risco de diagnóstico errado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum), o consumo de comprimidos para controlar o TDAH cresceu 1.616% de 2004 a 2008. A Anvisa indica, para o mesmo período, aumento de 71% no número de caixas comercializadas.

Para o presidente do Idum, Antônio Barbosa, é necessário alertar a população sobre possíveis exageros. "Os números mostram que o medicamento está sendo receitado sem critério. Não precisa dopar uma criança para ela se concentrar nos estudos. É preciso ter cuidado", observa o farmacêutico.

Um das dificuldades para o diagnóstico preciso é que o TDAH é diagnosticado clinicamente. Não existem exames que comprovem a doença, por isso é necessário que o médico faça uma avaliação minuciosa do histórico familiar da criança e até da vida escolar.

Coordenador de Neuro-Psiquiatria Infanto-juvenil da Santa Casa de Misericórdia, Fábio Barbirato admite exageros, mas alerta que apesar do aumento da venda de medicamentos que controlam o transtorno, somente 1,6% das crianças que sofrem de TDAH têm acesso ao tratamento. "A venda de remédios aumentou porque existem mais profissionais aptos a identificar a doença. Mas a alta também é explicada pelo erro do diagnóstico. Não é porque a criança está desobediente que ela tem o distúrbio", alerta.

Segundo o especialista, 91% dos brasileiros desconhecem o TDAH. "Muitas crianças sofrem da doença, mas não tem acesso ao tratamento". A atriz Silvia Pfeifer vive o drama na vida real. A filha, Emanuella Pfeifer, 24 anos, sofre de TDAH. Antes de ter o diagnóstico, Emanuella chegou a trocar de escola cinco vezes, e passou por pelo menos três psicólogos e quatro pedagogos.

Segundo a presidente da Associação Brasileira de Déficit de Atenção, Iane Kestelman, na maioria dos casos, o TDAH está associado a outras doenças, como dislexia, depressão e bipolaridade. "A família precisa buscar informações sérias, até para questionar a validade do diagnóstico, que nem sempre é feito corretamente", aconselha a psicóloga.

Curso de Neuropsicopedagogia I

Curso de Neuropsicopedagogia I





A Clínica RECREAR RECRIAR está promovendo o curso de Neuropsicopedagogia I, que objetiva a promoção de conhecimentos que oportunizem a interdisciplinaridade entre a educação, a pediatria, a neurologia, a psicologia, a pedagogia e a fonoaudiologia.

O curso será administrado em módulos mensais, sempre aos sábados, totalizando oito encontros com duração de oito horas aula cada.

Trata-se de curso diferenciado, ministrado por profissionais especializados em suas áreas.

Público alvo: psicólogos, médicos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, professores, estudantes, pais e áreas afins.

Datas: 20/02/2010, 13/03/2010, 10/04/2010, 08/05/2010, 20/06/2010,

Julho – Férias, 14/08/2010, 11/09/2010, 09/10/2010

Horário do Curso: Das 08h00min às 12h00min e das 13h30min às 17h30min, com intervalo para coffee break das 10h15min às 10h30min e das 15h00min às 15h15min.

Local do Curso: O curso vai acontecer em Rio do Sul (Santa Catarina) o local ainda não está definido, assim que eu tiver confirmado o local eu entrarei em contato novamente.

Valor do Curso: Inscrição R$125,00 e sete mensalidades de R$125,00.
Inscrição: A inscrição deverá ser feita até o dia 22/01/2010. O valor da inscrição será de R$125,00. Este pagamento confirmará a participação do inscrito para o primeiro encontro.

Obs.: O valor da inscrição não será devolvido (exceto em casos de força maior – doenças, etc.).
Mensalidades:

Para o pagamento das demais mensalidades o interessado deverá trazer cheques pré datados no primeiro encontro; caso não trabalhe com cheques, poderá fazer o depósito das mensalidades na mesma conta na qual vai depositar a inscrição e nos enviar o comprovante, ou nos entregar esse comprovante na hora do curso.
Certificados: serão fornecidos aos participantes que obtiverem frequência igual ou superior a 75%. Não será permitida a troca de participantes já inscritos. Serão aceitas apenas novas inscrições no decorrer do curso.

PROGRAMA:
NEUROANATOMIA/NEUROFISIOLOGIA

 Disfunção/ Lesão

 Avaliação Neurológica

 Paralisia Cerebral/ Afasias

 Deficiência Mental

 Distúrbios de Aprendizagem: DDA, TDAH, Dislexia, Discalculia, Disgrafia, Disortografia

 Síndromes

 Epilepsia – Autismo

 Psicose

 Exames complementares: EEG, Spect, Mapeamento, Tomografia, Ressonância

FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES (concepções de Lúria)

 Funções inter-hemisféricas

 Plasticidade cerebral

 Áreas anteriores do cérebro: Lobo Frontal no planejamento, intenção e controle da ação voluntária

 Áreas posteriores do cérebro: Lobo Temporal, Parietal e Occipital

 Áreas subcorticais do cérebro – Atenção e Percepção

 Memória: teorias, tipos e localizações

 Linguagem & Pensamento

 Sistema límbico

 Formação Reticular

 Níveis de Aprendizado: recepção-expressão

ANÁLISE DE FUNÇÕES

Pretende-se mostrar como os dados obtidos pelos profissionais das diferentes áreas, através de instrumentos de avaliação neuropsico-pedagógica e fonoaudiológica, podem orientar a estimulação de áreas funcionais defasadas.

 Classificação das Dificuldades de Aprendizagem

 Escalas de Desenvolvimento e o Amadurecimento das Funções

Importância da avaliação e sugestões de atividades.

Correlação com o desenvolvimento neuropsicológico.

 Escalas de Desenvolvimento de 0 a 6 Anos – Vitor Da Fonseca

 Análise Psicomotora da Primeira e da Segunda Infância de Picq e Vayer

Sugestões de atividades psicomotoras. Correlação das áreas avaliadas, com a neuropsicopedagogia e com a aprendizagem.

 Bender/ Pré-Bender (Teste gestáltico visomotor de Lauretta Bender)

Correlação com a neuropsicopedagogia e com a aprendizagem.

 A Construção da Inteligência e Formas de Analisá-La

Correlação com a neuropsicopedagogia e com a aprendizagem.

 WISC III – Escala de Inteligência para Crianças

Importância para o diagnóstico neuropsicopedagógico e a correlação com a aprendizagem.

 Avaliação das Estruturas Cognitivas

Apresentação de algumas provas piagetianas, tais como: seriação, dicotomia, conservação de pequenos conjuntos, intersecção, combinação de fichas, matrizes multiplicativas.

Correlação com as áreas neuropsicológicas envolvidas e com a aprendizagem.

 Análise dos Aspectos do Desenvolvimento de Habilidades Psicolinguísticas

Correlação com a aprendizagem e com as áreas cerebrais envolvidas.

Sugestões de atividades para estimulação de áreas defasadas (auditivas e visuais)

PROFISSIONAIS RESPONSÁVEIS

Sérgio Antônio Antoniuk - CRM 6753 – Médico Neuropediatra

Maria da Graça Conceição - CRP 08/0145 – Psicóloga

Rosilda dos S. Dallagassa - CRP 08/1585 - Psicóloga

Ursula Marianne Simons - CRP 08/1647 – Psicóloga

INFORMAÇÕES E DÚVIDAS

clex@uol.com.br.

Dúvidas: (47) 99188331 ou 99188661