sábado, 15 de maio de 2010

Limites internos, comportamentos familiares e sanidade.

Iara da Silva Machado




Somos seres que vivem em sociedade, reconhecemos a vida social como uma lei natural. O ser humano é naturalmente gregário. No entanto, nos deparamos vezes sem conta com condutas transgressoras e até insanas junto àqueles que se deveria amar e respeitar.

É assim que crimes acontecem em estruturas familiares, assassinatos entre pais e filhos são os que chocam a opinião pública de modo mais intenso. O nosso país acompanhou por dois anos o Caso da Menina Isabela, onde a implicação da figura do pai (Alexandre Nardone) e sua esposa (Ana Carolina Jatobá) no assassinato da criança culminaram em pena de reclusão carcerária por trinta anos e vinte e seis dias, respectivamente, neste último mês de março (2010).

Tais fatos podem sugerir questionamentos do tipo: Como identificar um perfil violento por trás de uma suposta normalidade de conduta social?

Há vários fatores que constitui o ser humano desde a genética, o ambiente social, familiar, psicológico, econômico, religioso, dentre outros.

Geralmente, as pessoas que cometem delitos graves na vida adulta, como homicídio, podem ter históricos de episódios de explosão impulsiva e agressiva destrutiva, podem ser contidos e “estourados” em algum momento ou dissimulados na manifestação de insatisfações relacionais, os aparentemente calmos e dóceis, que relevam tudo, porém portadores de baixo limiar à frustração e a perda.


Condutas que os familiares podem identificar como típicas da fase natural do desenvolvimento infantil ou adolescente, mas que podem sugerir tendências anti-sociais, delinqüência e outras patologias.



Atualmente, a ciência médica já consegue identificar um perfil psicopata, mas não se sabe ainda como tratá-lo. A Justiça só atua junto a esses indivíduos quando eles cometem o primeiro crime. O nível de racionalização dessas pessoas é muito alto, chegam a ser “brilhantes” nas suas argumentações, porém há uma cisão, uma negação severa do campo dos sentimentos. Não há uma conexão real entre o pensar e o sentir, logo todo sistema de leis internas desses transgressores são estruturados à revelia das leis sociais, ou seja, eles fazem suas próprias leis, de acordo com suas convicções distorcidas, chegando a tirar do seu caminho qualquer coisa, inclusive pessoas, que eles reconheçam que atrapalham suas vidas.

As mentes patológicas, infelizmente causam danos de várias ordens, diversas vezes irreversíveis em muitas famílias, mas na concepção humanista, é necessário que continuem os esforços científicos no campo médico, psicológico, jurídico, sócio-ambiental, político-econômico e ético-filosófico para se aprender mecanismos de minimização do impacto desses seres, tidos como quase humanos e que estão presentes no seio de qualquer sociedade.



Iara da Silva Machado é Especialista em Psicologia Clínica; Especialista em Psicologia da Infância e Adolescência; Psicoterapeuta em Análise Bioenergética; Psicóloga Transpessoal; Orientadora em Aconselhamento a Dependente Químico; Formação Internacional em DMP – Deep Memory Process

FONTE DE PESQUISA: http://www.google.com.br/images?q=ADOLESCENTES&um=1&hl=pt-BR&rls=com.microsoft:pt-br:IE-ContextMenu&rlz=1I7GFRE_pt-BR&tbs=isch:1&sa=N&start=0&ndsp=20

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