segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dislexia infantil


Dislexia infantil
O que os pais podem fazer para ajudar


Confrontados com a dislexia infantil dos filhos, muitos pais não sabem como devem reagir.

Foi também esse o caso de Paulo Fonseca, um empregado bancário residente em Vila Nova de Gaia.

«A minha filha sempre teve algumas dificuldades de aprendizagem e foi recentemente diagnosticada com dislexia. Na altura, fiquei atrapalhado, sem saber qual a melhor atitude para a apoiar e ajudar. Fiquei na dúvida se deveria falar com a professora dela mas também não queria que se sentisse marginalizada ou diferente dos colegas?», desabafa.

De acordo com as estatísticas, a dislexia afecta, em maior ou menor grau, 10% a 15% da população escolar e adulta. Este fenómeno ocorre em pessoas de todos os estratos socio-económicos e de todas as profissões, independentemente do factor cultural ou intelectual, desde pessoas com baixo grau de escolaridade até pessoas com graus académicos elevados.

As pessoas disléxicas de todas as idades podem aprender com eficiência mas é frequente necessitarem de o fazer de maneira diferente dos não disléxicos. «Os efeitos da dislexia vão para além do corpo e da inteligência. Afectam os sentimentos, a família, as relações de amizade, os ideais de vida. Ao sofrer constantes discriminações, as crianças disléxicas perdem a confiança em si próprias, o que gera uma baixa auto-estima», alerta Alexandre Nunes de Albuquerque, psicoterapeuta psicanalítico.

«A dislexia é um problema de índole cognitiva, que afecta as capacidades linguísticas associadas à modalidade escrita, particularmente a codificação visual e verbal, a memória a curto prazo, a percepção de ordenação e de sequência. Perante situações deste tipo, os pais devem falar com os professores dos filhos e dizer-lhe isso mesmo, que não gostariam de ver a sua filha marginalizada», enfatiza.

«As escolas devem ter técnicos para acompanhar estas crianças em exercícios próprios que as ensinem a tirar partido de todos os recursos internos para aprender e ensinar técnicas para dar a volta às dificuldades criadas pelas dislexia», conclui o especialista.





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